Você sabia que o natal, data comemorativa mais importante do Cristianismo, incorporou diversas celebrações pagãs em suas tradições?

Uma delas é o Yule, que se trata da comemoração do solstício de inverno praticado pelos povos da Era Viking.

A celebração nórdica, influenciou as tradições modernas do nosso bom e velho Natal. Embora esta data, hoje em dia, seja o feriado cristão que comemora o nascimento de Jesus Cristo, o Natal foi criado a partir de diversas manifestações culturais de povos antigos.

O Natal Viking 

No período pré-cristão, algumas tribos germânicas e outros povos, como os vikings, homenageavam a chegada do inverno no final de dezembro com uma put4 festa regada a muita música, bebida, comida e alguns sacrifícios. Um pouco mais agitado que o nosso natal...

Para os povos nórdicos, principalmente os que viviam no extremo norte da Europa, o solstício de inverno era muito impactante, com longas noites frias e poucos dias de sol. Para afastar a escuridão, os pagãos acendiam grandes fogueiras, o que lhes garantia calor, principalmente na noite mais longa e fria do ano.

Além disso, o festival homenageava os deuses nórdicos. Em especial, Odin, deus da sabedoria, da magia, da poesia e da guerra. O protetor dos mortos em batalha.

Os nórdicos acreditavam que no período que antecedia a comemoração do Yule, aconteciam muitas atividades sobrenaturais. Portanto, para dar paz aos espíritos inquietos e também satisfazer os desejos dos deuses, eram realizados sacrifícios de animais.

A primeira menção ao Yule partiu de um historiador e monge inglês chamado Bede, no ano 725 d.C., que foi de suma importância para a disseminação do cristianismo na Europa.

Tudo leva a crer que o Yule surgiu com o sacrifício de um javali, que foi ofertado a Freyr (deus da virilidade) e sua irmã gêmea Freyja (deusa da fertilidade).

Àrvore de Natal Viking

Na Era Viking, os povos reverenciavam as árvores e durante o Yule posicionavam troncos ou pequenas árvores dentro de casa e as enfeitava com tiras de tecido, comida, runas e julbock.

Para montar o Julbock, uma espécie de cabra ou bode de natal, as pessoas usavam sacos de grãos. Para o povo nórdico, o deus Thor havia viajado por todo o céu, sendo puxado por duas cabras (ou bode), os Julbock.

A invasão chegada do cristianismo

Conforme os missionários se espalhavam pela Europa, pregando o cristianismo, se viram num mato sem cachorro. Para eles, o politeísmo era inaceitável, mas não tinha como de fato obrigar à força uma conversão. Até porque, os Vikings eram ótimos guerreiros.

Passado algum tempo, com o cool na mão, os missionários aprenderam tudo sobre a cultura, mitos e práticas dos povos nórdicos e assim, puderam enfim, interligar essas duas culturas, desapropriando o Yule. Olha que lindo!

A ideia foi a seguinte: alterar a data do nascimento de Jesus, que muito provavelmente, ocorreu na primavera, para então, combinar com as datas da celebração do Yule.

Para os historiadores é nula a chance de Jesus ter nascido no Natal, comemorado pelos cristãos ocidentais no dia 25 de dezembro. Afinal, não faz nenhum sentido existirem pastores e rebanhos acampados à noite sobre as colinas da Judeia (Lucas 2:8) em pleno inverno. Essa é uma cena típica de estações quentes.

Embora não haja nada que impeça a comemoração simbólica no dia 25 de dezembro, essa definitivamente não é a data certa do nascimento de Jesus. Impossível Jesus ser capricorniano, gente!

Além disso, no século 10 d.C., o Rei (norueguês) Hakoon, numa tentativa de conversão forçada, decretou que o Yule seria comemorado todo dia 25 de dezembro, já tentando vincular as duas datas. E passou a doar mega estoque de cervejas aos natais, na tentativa de conquistar os nórdicos.

E foi assim que a galera aceitou Jesus! hahaha E claro, com muitas leis severas também, para aqueles desavisados que não seguiam os preceitos cristãos.

E daí pra frente só foi pra trás a comemoração pagã e cristã passaram a ser vistas como uma só.