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Brazilian Horror Story: Pico do Jaraguá
mar
20
2022
Curiosidades / Por: Camila Naxara ás 2:04

Em 1994, em São Paulo, o Parque Estadual do Jaraguá que está localizado no Pico do Jaraguá, uma formação rochosa de mais de 500 milhões de anos, foi considerado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Mas, entretanto, porém, todavia… há uma história de terror que data da chegada dos portugueses, envolvendo o pico.

casarão afonso sardinha
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Pico do Jaraguá

Até 1570, duas tribos indigenas habitavam os arredores do Pico do Jaraguá: Guarani e Carijós. Porém, num papo de boteco, o bandeirante Afonso Sardinha ouviu dizer que o Pico era cheião de minério — inshalá, muito ouro — fato que o atraiu, obviamente.

Afonso Sardinha, interessado no minério da região, parte de Santos para o Pico do Jaraguá. Seu intuito era o de estabelecer residência no sopé da montanha, para facilitar o comando da extração. Entretanto, para começar a extração, o bandeirante começa um extermínio, tanto da vegetação quanto dos índios do local.

Naquela maldita época, a Terra de Ninguém, conhecida hoje como Brasil, não possuía leis, apenas uma regra: repassar parte dos lucros para a coroa portuguesa. Logo, os bandeirantes faziam o que bem entendiam. Inclusive, quando achavam um lugar bom para exploração eles simplesmente “cercavam” o terreno e voilà! Tornavam-se os donos.

O bandeirante demarcou exatamente os lugares onde eram realizados os rituais das tribos, o que causou muita indignação entre os Guaranis e Carijós. Os índios lutaram de todas as formas para não perderem suas terras, entretanto, os portugueses possuíam armas de fogo.

Os índios capturados eram mortos e pendurados em árvores, um recado direto de ameaça a quem ousasse bater de frente. Frequentemente, grupos de indígenas tentavam recuperar os corpos de seus mortos para dar-lhes um enterro, porém eram impedidos.

Foram dez anos de guerra entre o bandeirante e seus comparsas contra os Guaranis e Carijós e, em 1580, Afonso se deu por satisfeito, após uma put4 carnificina. Logo em seguida deu início a construção de seu casarão, no sopé do pico do Jaraguá, exatamente no local do cemitério indígena.


O Casarão

No sopé da montanha, o Casarão Afonso Sardinha começa a ser construído. Da forma mais escrota que eu já ouvi falar: Taipa de Pilão.

E mano… a receita é bizarra! Taipa de Pilão é nada mais, nada menos, que a junção de folhas secas, barro e vísceras de animais. Entretanto, os livros de história não diz, mas há relatos de historiadores que o bandeirante não se limitava apenas ao uso de vísceras de animas. Ele também usava vísceras de indígenas e escravos.

Casarão afonso sardinha
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E foi assim, com essa massoroca bizarra e cruel que ele construiu seu casarão de 21 cômodos, com paredes de 80cm de espessura e uma senzala de 1m e 60cm de altura com poucos metros quadrados e paredes que chegavam a um metro de espessura.

Casarão afonso sardinha
Casarão Afonso Sardinha

Vale ressaltar que além de toda tortura e caça aos índios, o bandeirante Afonso Sardinha foi um dos primeiros a buscar negros em Angola para comercializá-los na região.

No Pico do Jaraguá, Afonso Sardinha matou uma infinidade de índios, explorou a terra, comercializou negros e criou um centro de reprodução de escravos para vendê-los. Além disso, usou as vísceras de animais, de escravos que morriam de tanto trabalhar, entre outros para a construção de sua casa.

Não obstante, foi da cabeça de Afonso Sardinha, que saiu a ideia de alimentar os escravos com uma mistura de água e um pouco de farinha. Ele dizia que era o suficiente para manter os escravos bons para trabalhar, mas fracos para fugirem.

Ademais, para o bandeirante, escravos só serviam até os 30 anos de idade. Após essa idade, a mistura de farinha com água não era o suficiente para tornar os escravos úteis para andar vários quilômetros, minerar e carregar fardos pesadíssimos de ouro.

Em outras palavras, ao menor sinal de fraqueza de um escravizado, Afonso o submetia a castigos para que voltasse a trabalhar e se isso não adiantasse, o escravo simplesmente sumia.

Muitos historiadores acreditam ser bem provável que as vísceras dessas pobres pessoas foram parar nas paredes do Casarão. O restante do corpo era enterrado ATRÁS do casarão.

Medalha Afonso Sardinha, homenagem ao ass4ssino conhecido pelo título de Fundador da Siderurgia Brasileira.

Afonso Sardinha também capturou uma indígena e fez dela sua mulher. O reinado desse peste durou muitos anos. Ele invadiu o Pico do Jaraguá em 1570 e só morreu em 1616, não se sabe como.


Um Patrimônio da Humanidade

Em 1994, o sopé da montanha, onde está localizado o antigo casarão foi tombado pela Unesco, tornando-se assim Patrimônio da Humanidade e reconhecido como Parque do Jaraguá. Quatro anos depois, o casarão transformou-se no Albergue da Juventude, muito comum naquela época.

Contudo, vários jovens começaram a relatar sua passagem nada legal no casarão. Essas pessoas diziam ver formas estranhas, ouviam choros e correntes sendo arrastadas e sentiam serem tocadas mesmo quando estavam sozinhas.

E DETALHE: Algo em comum nos relatos dos jovens que já se hospedaram no casarão é: o fato de que nenhum deles sabiam dos horrores que já haviam acontecido naquele lugar centenas de anos atrás.

casarão afonso sardinha
Albergue da Juventude.

Os funcionários que trabalhavam no casarão também “morriam” de medo do lugar. Diziam ouvir todos os dias, ao cair da noite, o barulho de algo que lembrava uma “multidão” chegando pela mata, próximo a antiga senzala, mas não viam ninguém.

Conforme o tempo passava, mais relatos apareciam até que em 2008 o albergue fechou, afinal de contas, as histórias de assombração já haviam se espalhado e quem passava uma noite no local não queria mais voltar.


Hoje em dia

Até tentaram fazer da casa do Sardinha um lugar para visitação; com guias de turismo e tudo, mas não rolou. Durante as visitações as pessoas sentiam arrepios, eram empurradas e por fim toda aquela aula de história, bem pique escola mesmo, falando de como Afonso Sardinha descobriu ouro no lugar e foi um grande bandeirante, ia por água abaixo.

Os guias morrendo de medo acabavam entregando as histórias macabras do lugar e a visitação terminava num peido.

Atualmente o casarão encontra-se fechado e sempre estão contratando porque nenhum segurança fica por muito tempo no lugar.

Logo, pra quem gosta de visitar lugares com essa pegada dark, sinto muito. Hoje, apenas os arredores do casarão ainda se encontram em funcionamento.

Já para quem curte natureza, há quatro trilhas incríveis, com vários níveis de dificuldade; do fácil, com acesso para cadeirantes, até o hard, em meio a mata atlântica.

Trilhas do Pico do Jaraguá

Na região também habita uma tribo Guarani, restante, que conta com cerca de 700 habitantes. E aí, anima um rolê por lá?

Eu passo. Mas se você for, me conta!

Credo., é o próprio capiroto.
Credo., é o próprio capiroto.


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