Os pombos incomodam os moradores de Goiânia e o problema foi parar na Câmara Municipal. Os vereadores aprovaram em primeira votação um projeto para controlar a quantidade de pombos com o uso de anticoncepcional. Mas as autoridades na área de Saúde Ambiental têm cautela para falar sobre o assunto.
O medicamento seria importado dos Estados Unidos e distribuído em pontos estratégicos da cidade. Mas as autoridades dizem que o produto pode ameaças outras aves. “Pode implicar em um efeito colateral em outros animais que não estejam no controle”, disse o diretor do Departamento de Vigilância e Saúde Ambiental Geraldo Rosa.
Na capital de Goiás, para muita gente, os pombos deixaram de ser símbolos da paz e se transformaram em praga. Segundo a Secretaria de Saúde, as aves ocupam o quarto lugar na lista de reclamações dos moradores.
A fartura de alimentos fez das grandes cidades um lugar ideal para os pombos se reproduzirem. Em uma granja, eles chegam a roubar metade da ração depositada para uma galinha. “A ração que a ave ia comer se perde, porque o pombo vai se multiplicar e, para nós, ele não representa uma criação”, disse o zootecnista João Daros.
E os pombos transmitem doenças. Segundo os médicos, as mais comuns são doenças de pele, sem falar nos problemas respiratórios e até do sistema nervoso central. A forma de transmissão é simples. “São doenças causadas por um fungo encontrado nas fezes dos pombos”, contou o infectologista Boaventura Bras de Queiroz.
Concordo com o projeto. Na minha cidade, também, está cheio de “pomba” precisando de anticoncepcional.