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Vaginismo: quando seu corpo diz ‘não’ para o sexo
fev
03
2019
Dicas / Por: Coruja ás 4:10
Vaginismo

Possivelmente você já deve ter ouvido falar em vaginismo, ou então, nem se quer sabia que esta palavra existia no vocabulário brasileiro.

Porém, tenho algo para lhe dizer: vaginismo não só existe como também tem feito parte da vida de milhares de mulheres que, por alguma razão, nem sabem que possuem tal problema.

É por isso que estou aqui hoje. Para falar com você sobre esta doença que pode estar lhe impedindo de ser feliz plenamente. Se você tem tido dores durante a relação sexual, e, até mesmo, contrações que tornam a penetração praticamente impossível, é bem provável que você esteja sofrendo com vaginismo e nem saiba.

Mas, calma! Deixa eu me apresentar… Me chamo Juliana Pescara, e hoje estou aqui no Insôônia para contar a minha história.

Estou aqui para conversarmos sobre um tema importante que, muitas vezes, é deixado de lado e a gente nem sabe o porquê disso. Parece que é muito difícil ainda conversar sobre a sexualidade feminina, não é? É exatamente por isso que estou aqui.

Eu mesma sofri sete anos de minha vida com esse tal vaginismo. E olha… Sofri muito! Foram dias e dias chorando, tentando encontrar a solução e, além disso, tentando encontrar a causa das dores durante o sexo.

Portanto, te convido a me acompanhar e assim conhecer um pouco mais sobre o vaginismo, a fim de expandir o conhecimento acerca desse assunto, com todas as pessoas queridas que conhecemos (pois a nossa melhor amiga pode estar sofrendo em silêncio com isso, e ela talvez nem saiba que existe cura…).

Mas, Juliana, o que é vaginismo?

Em linhas gerais, o vaginismo trata-se de contrações involuntárias das paredes vaginais, o que faz com que o sexo torne-se muito doloroso. A mulher passa a sentir dor, ardência, contrações doloridas, sangra, desenvolve frigidez (que é a falta de apetite sexual), entre outros sintomas.

Ou seja, estamos diante de um problema que abrange a auto-estima, o autoconhecimento, os relacionamentos e a qualidade de vida da mulher com um todo. É por isso que precisamos falar sobre vaginismo!

Porém, é claro que existem diversos outros sintomas e fatores que estão envolvidos diretamente com o problema. Falo sobre eles com maior profundidade neste artigo aqui.

Além disso, é importante ressaltar que a intensidade e a causa do problema sempre será algo plenamente singular. Isto é, não é possível comparar o meu vaginismo com o seu, nem com o da amiga, nem com o da irmã. Cada mulher desenvolve a sua sexualidade de uma forma completamente sua. E, do mesmo modo, pode desenvolver o vaginismo também.

Mas, Juliana, você chega e me joga um possível diagnóstico desses e vai embora?! Não! Estou aqui porque quero que você saiba que sim, existe CURA para o vaginismo. E sabe como eu descobri isso? Curando a mim mesma, depois de sete anos de sofrimento. Isso mesmo! Não foram 7 semanas, meses ou dias. Foram anos. Sete anos frustrada.

Vaginismo

Minha história com o vaginismo

Bom, já que eu invadi o espaço da Gi aqui, deixa eu contar rapidamente como foi a minha vida e como descobri o vaginismo.

Na verdade, eu era uma adolescente como qualquer outra, mas com aquele diferencial básico: cresci em uma família extremamente religiosa. E o que as famílias religiosas normalmente fazem? Reprimem as suas meninas. Fazem o sexo parecer o maior pecado da humanidade. Impede que as meninas pensem em sexo ou se quer pensem em se masturbar e sentir prazer. Pois é, foi nesse tipo de ambiente que cresci.

Pois bem, tentei seguir a minha vida mesmo com todos estes discursos opressores. Aos 16 anos, comecei a namorar pela primeira vez e, obviamente, perdi a virgindade com o meu namorado. Nada novo sob o sol, com relação à vida de uma adolescente.

Mas, algo diferente acontecia dentro de mim… A culpa começou a brotar. O desespero de ouvir o pastor falar que sexo antes de casar era um pecado terrível, me fazia desmoronar. Eu estava arrependida. Eu havia “traído” minha mãe, minha Igreja e o meu “Deus”.

A consequência? A mais óbvia possível. O meu psicológico estava abalado. E sempre que meu namorado me procurava para transar, eu começava a travar. Pouco a pouco, perdi o tesão (e a frigidez surgia a cada novo pensamento de arrependimento).

Pouco a pouco, o sexo começou a arder. A penetração começou a ser desconfortável. Eu temia que meu namorado pudesse querer me “comer” (perdoem o palavreado). E, com isso, eu fui desenvolvendo o vaginismo.

A minha vagina, de modo inconsciente, foi tentando me proteger da minha culpa. Ela queria fazer com que eu parasse de me sentir um lixo de filha e de “cristã”. E assim, ela começou a se contrair. E ela, por si só, passou a impedir a penetração.

A partir de então, o pênis já não entrava mais. Nós tentávamos. Eu chorava. Eu sangrava, e a gente desistia. Até que o dia mais triste chegou: meu namorado tentou penetrar apenas o dedo e, infelizmente, nem isso dava mais. Eu tinha me fechado por completo.

Mas, sabe o que é pior? Ao mesmo tempo em que eu sentia culpa de não ser virgem, eu queria transar. E estava arrasada, por ser uma mulher incompleta para o amor da minha vida.

E, nessa tristeza, caminhei sete anos de minha vida. Sem diagnóstico algum. Apenas com a dor infinita durante a penetração e aquela frustração ao me olhar no espelho. Minha autoestima? Deixou de existir. Meu amor próprio desapareceu. Eu estava entrando em depressão…

No final de 2017, eu fui ao ginecologista (depois de 6 anos sem ir, por medo da dor). Lá, descobri que meu útero inteiro estava em feridas. E eu precisava, portanto, de uma cauterização. É claro que eu desabei! Como encarar este procedimento? Com tanta dor?

Bem, eu encarei…

Vaginismo

O diagnóstico

Encarei aos berros, lágrimas e com todo o desespero envolvido. E ali, de fato, o médico me diagnosticou com o temido vaginismo. E, mais uma vez, me vi sem chão. Eu era doente.

Pensei que nunca teria jeito. Pois havia tentado tantas posições e procedimentos que chegou um momento em que desisti. Mas, sabia que quando eu desisti, foi quando eu achei a cura, dentro de mim? Pois é! Curioso não?

A partir disso, eu criei o Programa Vencendo o Vaginismo. Um programa que é praticamente um relato/guia/livro (ainda não sei como classificar), que visa ajudar mulheres que assim como eu, sofrem com o temido vaginismo e muitas vezes nem sabem. Ou sabem, mas não conseguem encontrar uma saída para o problema.

Através do www.vencendoovaginismo.com.br eu pretendo impactar o maior número de mulheres possíveis, além de impactar também os homens que possam perceber este problema em suas parceiras. Lá no meu blog eu vou relatar dicas, sugestões e outras informações importantes sobre o problema, a fim de ajudar todas as mulheres possíveis a solucioná-lo.

Vaginismo tem cura!

Guria, vaginismo não só tem cura, como posso te dizer: atualmente, sexo se tornou a atividade mais prazerosa e plena da minha vida! Coisa que eu pensei que seria impossível.

Portanto, não deixe de conhecer esta possibilidade! Vem comigo descobrir este universo de prazer. Estarei sempre à disposição para te ouvir. E com o lançamento do Programa (que será em breve), eu espero lhe ajudar a trilhar o caminho da cura. Conte comigo para isso!

Se eu consegui encontrar a cura, depois de sete anos, certamente você também irá encontrar! Vem conhecer o blog e deixe o seu comentário por lá! Vamos juntas encontrar um universo de possibilidades para você.

Afinal, o prazer é todo seu!

Com carinho,

Juliana Pescara.

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