INSÔÔNIA.com
Quando o humor perde a graça
abr
19
2012
Leitura da Noite / Por: Coruja ás 0:22

Opa, e aí corujas, td bem?

Depois de um tempinho longe eis-me aqui de volta. E hoje queria comentar com vcs um acontecimento meio chato dessa semana: o pequeno tumulto causado pelo Maurício Meireles, do CQC, durante a visita rápida da toda poderosa Hillary Clinton. Enquanto milhares de jornalistas aguardavam a oportunidade quase única de conseguir uma boa imagem ou pelo menos uma simples palavra da mulher braço-forte do Obama eis que surge o humorista fazendo graça, gritando e causando tumulto no meio de todos. Resultado: frustração no trabalho de milhares de jornalistas que estavam ali somente para isso e uma quase-pancadaria.

Não é a primeira vez que acontecem coisas desse tipo. E o CQC não é o único. O Pânico já causou raiva em muito jornalista por aí com suas presepadas, na maioria das vezes fora de hora. Uma certa jornalista chegou a dizer que “quando a Sabrina Sato ia em Brasília era um inferno”.

Não sou contra o tipo de humor que o CQC faz, apesar de achar que o programa está perdendo o rumo. Mas tem uma coisa que o CQC e outros programas de humor precisam entender: tudo tem o momento certo. Nem toda hora é hora de fazer graça. Aquele momento por exemplo, com a Secretária de Estado norte americana em visita ao Brasil, não era momento para fazer gracinha. Primeiro porque o CQC, apesar de ter credencial para estar ali, não é um programa jornalístico, o que nos leva a pensar outra coisa: quais os critérios para se liberar o acesso da imprensa a um evento desse porte? Maurício Meireles não é jornalista, é humorista. E liberar um humorista para visitar um evento desses não ia dar em outra coisa senão nisso.

Não, não estou defendendo censura ao humor. Defendo o bom senso. É bem diferente. É legal de ver a Monica Iozzi (a melhor da equipe, na minha opinião) em Brasília fazendo nossos deputados falarem coisas que eles nunca falariam numa entrevista à Globo News, por exemplo. É muito legal, também, de ver também o Rafael Cortez conversando com músicos, ou o Oscar Filho protestando contra algum descaso público no Proteste Já. Mas o bom senso é sempre importante, exatamente para evitar que situações como a dessa semana aconteçam.

Isso nos levaria a um outro debate, muito mais complexo: quais os limites do humor? Posso começar com uma resposta simples: se o humor não tem graça, não é humor. Na maioria das vezes é ofensa gratuita.

Tenho dito! @wesleytalaveira

wesley talaveira
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