INSÔÔNIA.com
Peripécias de um Motel #19
nov
01
2011
Peripécias de um motel* / Por: ás 20:25

Uh uh mamãe chegou, uh uh mamãe chegou! Rsrs

Para a alegria de muitos e para a tristeza de poucos, hoje tem causo novo! #eba

Estava com saudade de vocês corujinhas! Andei meio sumida, mas voltei e com o pique do macaco  – prego com urticária.

Antes do nosso querido post, vamos aos nossos habituais links!

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Agora chega de blá – blá – blá que eu sei que vocês querem uma nova Peripécia!

 

No ultimo post, deixei algumas histórias para serem votadas. Não lembro quais foram, mas lembro a mais votada! Foi ela:

 

A CASA CAIU!

Quando escrevi o post: “Falaê Aline – Traição”, deixei bem clara a minha opinião a respeito do tema. Resumindo: Não acho certo, não aceito e homem que trai tem que perder o pinto.

Mas, o que aconteceu nesse dia serve também.

Assim como um rio, meu dia estava seguindo seu curso normalmente. (Isso foi meio poético não? Rs)

Tem um cliente que se tornou conhecido lá no Motel, por que ele chega e quer entrar o mais rápido possível. Assim que abro o portão ele vai acelerando o carro e indo pra frente, dando a impressão de que vai levar o portão junto. Confesso que no começo tinha raiva da atitude sem educação dele, mas depois me acostumei. Ossos do oficio.

A acompanhante dele as vezes ia no banco de trás escondida ou com a cabeça baixa (até mesmo com o rosto tampado) no banco da frente.

Enfim.

Estava na cara que eles  estavam fazendo alguma coisa errada.

Eles freqüentavam lá pelo ao menos duas vezes na semana. E sempre com a mesma pressa.

Um certo dia, eles entraram normalmente. O cara foi até mais educadinho comigo. Pouco tempo depois que ele entrou, vi pelas câmeras de segurança que estacionou do lado de fora um carro e lá ele ficou por mais de uma hora. Achei estranho, pois dentro do carro estava uma mulher na direção, outra no banco do passageiro e mais algumas pessoas no banco de trás que não deu para identificar.

Passou o tempo e nada do carro ir embora, e nada desse povo sair de dentro do carro. Mais depois de um tempo nem liguei mais, pois o movimento de entrada do motel começou a aumentar.

Passado o tempo de permanência, o casalzinho  de amantes saiu. Eles pagaram normalmente  ( como habitual, o cara quase nem abriu a janela do carro. Quem tem c* tem medo né? Rs ). Abri o portão. Até aí tudo normal.

Quando eu vou fechar o portão depois que o cliente deixa o motel, eu sempre olho pela câmera de segurança pra ver se ele já foi e mesmo, e se posso baixar o portão. Quando viro para trás para olhar, percebo que a mulher que estava no carro saiu e foi em direção ao carro que estava saindo do motel.

Vejo a mulher se aproximar da janela do motorista e gesticular, parecendo que estava gritando. Então o cara saiu do carro e começou a falar também. Eu vendo tudo isso de longe, sem escutar nada…não estava certo. Eu tinha que saber do bafafá! Rs

Então abri o portão e fui ver o que estava acontecendo, para manter a ordem no estabelecimento. Rsrs

Quando saí, a mulher estava gritando a plenos pulmões que o cara era um filho da puta, que ela não acreditava que ele estava fazendo aquilo com ela, e todo aquele drama habitual da mulher traída.

Eu estava só de longe observando tudo aquilo. Eu realmente estava ficando com pena da mulher.

A mulher gritava, berrava e chorava. O marido tentava acalmá-la, e a amante estava quieta, imóvel no banco do passageiro.

Quando o fight foi ficando mais sério, a mulher que eu havia visto pela câmera no banco do passageiro saiu. Era uma senhora, ( que depois descobri que era a sogra dele) ela saiu gritando de dentro do carro. Ela o xingava  de todos os nomes possíveis, na realidade acho que ela me ensinou alguns palavrões novos. Rs

Toda aquela situação estava ficando insustentável, mas eu não poderia fazer nada. Com a raiva que a mulher estava, ia sobrar pra mim. #fato

Mas, a  vida é uma caixinha de surpresa meus queridos.

Enquanto eu estava lá assistindo o barraco, um carro estava deixando o Motel. Mas e agora?

Como que o carro ia sair, se o barraco estava acontecendo bem na saída do motel? O carro não ia conseguir passar. E quem ia ter que se meter lá no meio do vuco vuco pra tentar abrir espaço? Eu mesma.

Depois de receber o quarto que estava deixando o motel, fui até eles com todo medo que Deus me deu e pedi com jeitinho para ele tirar o carro. Ele aceitou de imediato, mas a mulher dele não. Ela começou a dizer que ele não ia tirar aquele carro de lá, por que se ele entrasse no carro ele iria embora. Eu tentei explicar que eu precisava da saída liberada, mas ela estava irredutível.

Quando estava falando com ela, percebi que as pessoas que estavam no banco de trás do carro, eram 3 crianças, filhos do casal.

Fiquei meio desconcertada.As crianças não eram obrigadas a assistir tudo aquilo. Os filhos não devem responder pelos erros dos pais. Jamais.

Conversei com a camareira, e pedi para que ela pegasse as crianças e levasse a cozinha, pois elas estavam bem assustadas com tudo aquilo.Não sabia o que fazer.

A mulher gritando e a sogra também, as crianças com medo, e o carro do cliente querendo sair. Abri o portão de entrada, e o carro saiu por lá. Menos um problema! Rs

As crianças estavam sentadinhas na cozinha e eu fui até a mulher dizer que o barraco tinha que parar. Já estava demais né?

Fui até ela. Disse que aquele escândalo não poderia continuar, e se continuasse eu ia chamar a policia.

Ela virou pra mim, me olhou com um olhar de ‘possuída pelo capeta’ e disse: “Chamar a polícia? Você vai chamar a polícia? Agora você vai ter motivo para chamar a polícia.”

Com medo de a mulher me descer o cacete, saí correndo pra recepção e me tranquei lá. Hahahahaha

Olhando pela câmera de segurança, vi que ela pegou um pedaço de ferro bem grande ( era aquela trava antiga, que pagava o volante e um pedal sabe? ) e começou a bater no carro. Começou pelo capô, bateu nas lanternas e depois foi para o vidro.

Agora com um pedaço de ferro na mão que ninguém impede essa mulher.

Com medo,  a amante sai correndo e foi embora. Mas a mulher não ligou. A raiva dela era do cara, e não da amante.

Ela amassou toda a lataria do lado esquerdo do carro, quebrou o vidro do passageiro e trincou o vidro dianteiro. Ela fez um estrago bonito viu! Rs

Destranquei-me da recepção e fiquei olhando de longe. Em um lapso de momento, o cara conseguiu sair com o carro.

Assim que o cara arrancou, a mulher foi correndo atrás batendo com aquela trava. Mas o cara conseguiu ir embora.

Assim que o carro foi, ela ajoelhou no chão. Detalhe: no meio de uma avenida super movimentada.

Ela chorava desesperada, e não saia do meio da rua. Os carros começaram a desviar. Meu Deus, é agora que essa mulher morre!

A mãe dela desesperada pegou ela do meio da rua e a colocou na calçada. Ela chorava cada vez mais.

Apesar de estar com raiva dela por quase ter apanhado, eu fiquei com dó. Ninguém merece passar por isso.

Peguei um copo de água pra ela e levei na calçada. Ela só repetia: “Não acredito que ele fez isso comigo, eu não acredito.”

Vi o mundo da mulher desabar na minha frente. De coração, me coloquei no lugar dela.

Depois de se acalmar um pouco, ela perguntou dos filhos. Pedi para a camareira trazê-los. Ela os abraçou e pediu para que eles entrassem no carro para irem embora. Assim que levantou da calçada, me pediu desculpa.  Disse que estava tudo bem. (Tirando ela quase ter me batido, claro!)

Ela entrou no carro e foi embora. E o marido?

Uma semana depois estava com a amante novamente no motel. Só que dessa vez, a pé. Até hoje eles freqüentam lá. Agora é aguardar o próximo flagrante.  Rs

 

É isso aí  galerinha apesar desse post ser meio tenso, espero que tenham gostado.

 

Pra semana que vem, o que vai ser?

– Falaê Aline – Tema a sua escolha

– Pocket Histories ( 3 histórias curtas )

– Festinha #fail

 

Um beijo e um queijo

Aline Leitte – @aline_leitte



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