INSÔÔNIA.com
set
02
2011

Opa, e aí, corujas?

Eu já tratei sobre isso aqui mesmo, no Insoonia. E de novo a mesma história: torcidas organizadas fazem verdadeiras guerras pelos motivos mais inúteis que se possa imaginar, mas dessa vez com um agravante: um rapaz morreu simplesmente por ser corinthiano (não é a primeira vez que alguém morre em briga de torcida). Como punição a torcida organizada do Palmeiras está proibida de entrar em estádios paulistas por tempo indeterminado.

Dessa vez a briga foi entre palmeirenses e corinthianos. Mas poderia ter sido com qualquer outra torcida, em qualquer outro estado desse país, pois o futebol brasileiro não tem nenhum santo. Poderia ter sido o Flamengo, Ceará, Atlético Mineiro, Avaí, Figueirense, Vasco, Inter, Coritiba, Santos. Mudam-se as camisas, repetem-se os problemas…

Aí eu vejo essas coisas e penso: qual é mesmo o motivo dessas guerras? Amor ao time? Não. Quem ama de verdade um time de futebol vai honrar a camisa sendo exemplo de torcedor. Quem ama de verdade um time pensa “eu tenho que ser o melhor torcedor, pra mostrar para todos que meu time está um nível acima dos outros”. Quem briga por causa de futebol é um doente, alguém que já guarda dentro de si toda a selvageria possível em um ser humano e usa a rivalidade do futebol como desculpa pra descarregar no outro sua raiva. Provavelmente seja gente reprimida, mal amada e que ao invés de buscar apoio guarda consigo o trauma pra descontar num saco de pancadas na rua. As vezes a falta de sexo causa isso, tb…

Será que dá pra torcer, gritar, comemorar a vitória, chorar a derrota sem ter de matar os outros? Pelamor!

Bai, povo! @wesleytalaveira

Futebol, Weslley Talaveira
Futebol, Weslley Talaveira
ago
17
2011

E aí, corujas?

Antes de qualquer coisa, quero lembrar que exatamente hoje faz um ano que eu escrevo por aqui! Obrigado a todos que acompanharam, comentaram, elogiaram, criticaram. E continuem acompanhando! Pra quem não lembra ou nao viu, meu primeiro texto aqui no blog foi esse.

Mas o que eu quero falar na verdade é sobre o comercial do Byafra, que anda fazendo sucesso por aí. Sim, o comercial é engraçado. Mas o mais legal de tudo é o fato de o cantor não ter rejeitado fazer um comercial em que sabia que seria motivo de piadas. Bom, só o fato de ser um cantor brega já é motivo de piada por si só, mas além disse ele se expõe num comercial que o apresenta como insuportável, a ponto de um bandido deixar de roubar o carro por causa dele. Ele não se importou de fazerem piada com a música dele.

Sim, isso é legal se a gente pensar que no Brasil artista tem a mania de se achar deus. Ninguém pode falar, ninguém pode criticar, fazer piada (quem lembra da Juliana Paes processando o Zé Simão?). Enquanto nos EUA os artistas não estão nem um pouco preocupados em se expor e fazer graça com a própria imagem, no Brasil a tal da “privacidade” faz o artista se fechar numa redoma e ser adorado por uma legião de fãs. Isso sem falar no Roberto Carlos, que leva a sério o tal título de “rei”. Por isso é bom ver gente que não tá nem aí pra piada, é legal ver o Ronaldo parecer na TV e fazer piada com o próprio peso ou se deixar ser fotografado numa praia com a barriga espalhada por cima da bermuda. Querem fazer piada? Que façam.

Preservar a própria imagem? Bom, tem algo pior para a imagem de uma pessoa do que se apresentar como um arrogante inacessível?

Bai, povo! @wesleytalaveira

Byafra
Byafra
ago
12
2011

Opa, e aí corujas?

Vc a viu na festa e se aproximou dela, pra passar uma daquelas cantadas que seus amigos disseram que sempre dá certo. E deu! Ela gostou de vc e começou a conversar. Ela é linda, muito linda. Mais que linda: é gostosa pra cacete.  Começaram a manter contato (ou já foram pra cama no primeiro encontro) e vc percebeu que estava apaixonado pela menina. Vc adora o jeitinho meigo dela, o bom gosto dela pra roupas, e etc. Aí de repente vc percebe algumas coisas estranhas: ela te manda um SMS dizendo que está APAICHONADA. Vc comenta com ela alguma coisa que passou no telejornal e ela faz cara de “ué”. Você comenta que tem uma peça de teatro interessante na cidade e que vc queria ver, mas ela prefere ver os debates da Luciana Gimenez. Vc leu um livro legal e vai comentar com ela, mas ela diz que não gosta de ler e encerra o assunto.

Aí você descobre o que havia ignorado por tanto tempo: sua namorada é linda, mas é “burra” (ou vice-versa, tb, pq tem muito, mas muito homem “burro” por aí).

Tá, o conceito de burro é muito relativo – tem gente que acha o máximo os debates da Luciana Gimenez – mas certas coisas podem ser muito ruins quando o assunto é o namoro. Se por um lado ser igualzinho ao seu “amor” não é algo bom, por outro lado saiba: diferenças enormes também podem ser ruins. Algumas diferenças podem até mesmo comprometer o relacionamento. A diferença de nível cultural é uma delas.

PELAMORDEDEUS, não confundam nível cultural com condição social. Tem muito moleque vendedor de bala no Capão Redondo mais inteligente que muito universitário da USP. Quando falo em nível cultural falo em conhecimentos mínimos que fazem vc se diferenciar da maioria: saber o que se passa no mundo, não ficar com cara de “ué” com assuntos da atualidade. Ter algo pra conversar além da famosa “conversa de elevador”.

Como resolver isso? Primeiro veja se ela (ele) tem interesse em aprender alguma coisa com vc. Indique algum livro legal, fale que vai passar tal programa na TV e peça pra ele ver. Envie pelo MSN links de notícias interessantes, e etc, e veja como ela reage. Se ela mostrar interesse, continue, pois vai ver ela é burra só pq nunca ninguém se interessou em dar a ela mais do que prazer na cama. Agora, se ela não mostrar o menor interesse e continuar dando risada da Escolinha do Gugu, aí é o caso de pensar se vale a pena continuar com uma pessoa dessas.

A não ser que o que vc quer com ela não exija nenhum conhecimento cultural (sexo, pra ser mais claro).

Bai @wesleytalaveira

Só a título de lembrança: segunda feira próxima, dia 15, é meu niver! Quem quiser mandar os parabéns fica à vontade, viu? auhauha Pelo Twitter ou pelo Facebook. Se alguém ainda tiver Orkut, tb pode! hahaha 

amor, burros, namoro, Weslley Talaveira
amor, burros, namoro, Weslley Talaveira
ago
09
2011
Leitura da Noite / Por: Coruja ás 14:13

Opa, e aí corujas?

É incrível como desde há muito tempo atrás e ate hoje as mulheres são vistas muitas vezes como as “culpadas” por erros e até crimes cometidos por homens. Já vi casos de traição em que a culpa foi da esposa, porque “não dava atenção ao marido”, como se ele não tivesse a capacidade de conversar sobre o que não vai bem no casamento. Ou pior: a culpa foi da amante, que se insinuou tanto que foi “impossível resistir”. Outro caso pior ainda: já vi mulheres que foram abusadas e ainda tiveram de ouvir que elas “deram motivo pra isso”, porque a roupa delas estava “curta demais”. É mais ou menos como dizer que “o homem é um robô sexual descontrolado que depende de sexo pra viver, a mulher é quem tem que se cuidar”. Essas são situações que ninguém imaginaria ter de viver em pleno século XXI, mas elas estão aí!

Pra tentar mudar essa situação, ou pelo menos conscientizar essas pessoas com essa mentalidade retrógrada, tem surgido alguns movimentos interessantes, como as Marchas das Vadias e outros. O nome assusta, principalmente pela conotação que a palavra “vadia” tem no Brasil, mas a proposta é bem interessante. O protesto é feito por mulheres que querem fazer valer o direito de se vestirem como querem, sem ter de conviver com o medo de serem atacadas a qualquer momento por maníacos sedentos de sexo, nem serem simplesmente tachadas de “vadias”. Mulheres que não aceitam que digam que elas “dão motivos”. Mulheres que querem  ser respeitadas independente do tamanho da roupa.

Se eu apoio? Sim,  apoio porque penso que uma sociedade que diz que a mulher dá motivos pra ser estuprada está com algum problema. Independente do tamanho da saia ou do decote, nada justifica qualquer ato violento contra mulheres (nem com mulheres, homens, crianças, ninguém!). Lógico que uma mulher que sai com uma minissaia na rua e reclama quando recebe algum “elogio” precisa rever o conceito da própria roupa que usa. Se a roupa é “provocante”, ela vai “provocar”, certo? Vai ser impossível você sentar com uma minissaia e cruzar as pernas e não querer que os homens te olhem, ou reclamar quando perceber que seus colegas do trabalho não tiram o olho do seu decote. Mas tudo tem limites. Fazer algum “comentário” na rua é uma coisa. Abusar de uma mulher que usa uma roupa curta e dizer que ela deu motivos é outra beeeeem diferente.

Todos merecem respeito, independente da orientação sexual, religião, peso, cor de pele, tamanho da roupa. Ok?

Bai @wesleytalaveira

(E o texto ficou grande de novo… rs)

Mulheres, vadias, weslley talaveira. roupas
Mulheres, vadias, weslley talaveira. roupas
jul
25
2011
Leitura da Noite / Por: Coruja ás 13:03

E aí, povo!

Pois é, por mais que todo mundo já esperasse a qualquer momento por uma notícia assim, a morte da Amy Winehouse causou espanto.

Em janeiro eu mesmo escrevi aqui no Insoonia sobre ela, onde falei sobre ela ser uma pessoa autêntica: Amy nunca fez esforço pra ser a “cantora boazinha”, que quer “mudar o mundo através da música”. Ela canta porque gosta e pronto. Se vão gostar do que ela faz, se a música dela vai influenciar alguém, foda-se. O que ela quer saber é que canta o que quer, na hora que quer (quando não está com a cabeça cheia de álcool). Não quer passar imagem de pessoa certinha, tanto porque ela NÃO É. Ela foi isso que sempre mostrou e ponto. Sim, eu fiquei triste com a morte dela, tanto porque sempre acompanhei a carreira dela. Amy Winehouse não era mais uma cantora, nem uma artista fabricada por uma indústria cultural que vive de produzir personagens e lançar modinhas que vendam CD. Amy, garota branca, inglesa e judia recriou a soul music americana e tinha, como vários especialistas dizem, uma “voz negra”, daí ser comparada a grandes nomes da soul music como Sarah VaughanMacy Gray, entre outras. Amy tinha uma personalidade única e, como disse Quency Jones há um ano atrás, ela parecia ser “de outro planeta”. Concordo com críticos que diziam que Amy foi uma das melhores vozes que surgiram nos últimos anos. A Amy saiu cedo da vida e entra para a história da boa música assim como grandes nomes como Janis Joplin, Jimi Hendrix, Kurt Cobain e outros, que, coincidentemente morreram também com 27 anos de vida.

Tá, ela bebia pra caralho, usou e abusou de drogas e morreu por causa disso? Sim, e ela não foi a única. Todo dia um monte de gente nesse mundo morre por esse mesmo motivo. Talvez fique como lição que viver sem limites não é o melhor jeito de levar a vida. E ponto. O que passar disso é fuxico de revista de celebridade.

Bai @wesleytalaveira

Amy Winehouse, enterro Amy Winehouse, Música, Weslley Talaveira
Amy Winehouse, enterro Amy Winehouse, Música, Weslley Talaveira
jul
13
2011
Leitura da Noite / Por: Coruja ás 17:15

Opa, e aí, corujas?

Quem nunca ouviu uma teoria da conspiração? Todo mundo deve conhecer pelo menos uma, dessas que dizem que sempre há um grande plano por trás de algum acontecimento, ou alguém quer dominar algo. Eu, que cresci em igreja evangélica, cansei de ouvir teorias nos microfones de igrejas. Quase sempre os alvos eram a Rede Globo e a Xuxa. Sobre a Xuxa todo mundo conhece: que ela tem pacto com o “demonho”, que as músicas dela tinham mensagem subliminar (“marquei um X, um X, um X” virou “marquei um 6, um 6, um 6” = 666), que a alma da filha foi vendida pra o diabo e etc. Sobre a Rede Globo ouvi muita coisa, também: que todos os programas da Globo passavam por um ritual de magia negra antes de irem para o ar, que todo artista da Globo vendia a alma ao capeta pra fazer sucesso e coisas do tipo. Até o PT e o Lula eram alvo das teorias: ouvi várias vezes dizerem que o Lula era sacerdote da Igreja Satânica e queria governar pra acabar com as igrejas, e coisas do tipo. Que o Lula é um vendido todo mundo sabe, mas se foi o capeta quem comprou aí é outra conversa… E ainda hoje tem gente que acredita nessas coisas.

Mas tem muitas outras teorias dessas. Como a que diz que Elvis Presley não morreu em 1977. Para alguns ele continua vivo até hoje, escondido em algum lugar mais remoto que a casa do Belchior. Outros dizem que ele já morreu, mas não em 1977, e sim em 1990. E se tem os que ressuscitam Elvis, tem também quem acredite que Paul McCartney está morto. É, dizem que ele morreu em 1966 e esse “Paul” que canta atualmente é um sósia. Dizem até que os ataques de 11 de setembro foram obra dos EUA, pra ter uma desculpa pra invadir os países do Oriente Médio!

O fato é que sempre há alguém que acha que está sendo enganado, que em todo lugar tem alguém querendo convencer com uma mentira, e etc. Vai que de repente eu, Wesley Talaveira que vos escreve, não existo realmente, sou uma conspiração norte-americana pra conhecer blogs brasileiros e fazer uma série de ataques crackers; ou sou apenas um fake que a Gi criou pra enganar vocês e manipular os leitores. Será? o.O Caso alguém tenha alguma informação sobre isso, favor entrar em contato.

Bai @wesleytalaveira

Elvis Presley, EUa, Paul McCartney, teorias da consiração, Weslley Talaveira
Elvis Presley, EUa, Paul McCartney, teorias da consiração, Weslley Talaveira