INSÔÔNIA.com
Aconteceu Comigo #31
fev
03
2013


Bom, vou contar uma história que aconteceu comigo há alguns anos.

Eu era caloura na faculdade e tinha terminado um namoro muito longo recentemente. Andava bem chateada com a história do fim do meu namoro e bem por isso não queria compromisso com ninguém por um bom tempo. Porém, tinha esse meu colega de turma, o Guto, um cara meio sério e que se dizia apaixonado por mim. Eu não tinha interesse algum nele, só na sua amizade, e já tinha deixado isso muito claro. Mas acontece que o cara confundia as coisas entre a gente e ainda por cima era um chiclete, que não saia do meu pé por nada – o que me deixava com certa dó dele.

Acontece que a galera agitou uma viagem com o pessoal da facul, num lugar bacana. Bom, fomos viajar eu, o Guto, o Rafa e o resto do pessoal no maior clima American Pie, curtição, bebedeira, ninguém é de ninguém rsrs. O Rafa era um gato, malandrão, e bem mulherengo; ele já vinha me paquerando há algum tempo e eu dando moral.

Bom, chegamos com o dia já escurecendo e nos instalamos em uma pousada grande, vários quartos, piscinas e tudo mais. Eis que os meninos, o Rafa e o Guto tiveram uma ideia: – nadar pelados! Eles chamaram eu e minha amiga, a Bel (que na época tinha namorado, mas não tava ligando muito pra isso). A gente titubeou um pouco mas acabamos indo. O resto do pessoal tava se instalando, arrumando as coisas e tudo mais, e lá fomos nós quatro pra uma das piscinas, a que parecia mais reservada e começamos a nadar peladões. Isso na época foi motivo pra deixar todos nós bem excitados.

Depois da proeza, voltamos para os quartos e eu fui tomar banho. Terminado meu banho, o Rafa bateu na minha porta e eu o deixei entrar. Ele perguntou se poderia tomar banho no meu banheiro, já que o Guto tava tomando banho no quarto dele e já tava demorando muito – sim, os dois eram bem amigos. O Rafa terminou o banho dele e saiu de toalha, tentando me seduzir, e dizendo que tava a fim de ficar comigo e tudo mais. Eu não resisti e acabei ficando com o cara, que nessas alturas já tava pelado e queria tirar minha roupa também. Eis que a porta toca novamente, era o Guto procurando por mim. Fiquei desesperada, porque sabia que se ele me encontrasse agarrada no amigo dele, nossa amizade acabaria ali mesmo.

Assim, pedi pra que o Rafa se escondesse no armário, peladão. Me recompus e abri a porta. O Guto veio com uma conversa toda mole, insistindo em ficar comigo, e eu só pensando no outro lá dentro do armário. Eu não sabia se eu ria ou se chorava, e a conversa parecia que não acabava nunca. Enfim quando terminou e eu pensei que já tinha aniquilado as esperanças do garoto, ele deitou na minha cama e começou a assistir TV. Eu sai do quarto e rolei de rir com a situação, e só voltei uns dez minutos depois pensando em como tirar o Guto lá de dentro pra que o outro (que tava pelado e todo apertado lá dentro do armário) saísse do meu quarto sem ninguém ver. Confesso, eu tava me divertindo com a história toda. Enfim, eu dei um perdido no Guto e o Rafa saiu.

Já tarde da noite, estavam todos reunidos no bar cantando, bebendo e se divertindo. O Rafa me chamou de canto e falou para nós irmos terminar o serviço que começamos mais cedo. Eu, já meio bêbada aceitei de cara. Bom, não podíamos ir para o quarto dele, então fomos pro meu. Porém lá estava a Bel, deitada com dor de cabeça. Definitivamente não era isso que ia apagar nosso fogo, aí perguntamos para ela se ela se incomodava que a gente transasse naquele quarto. Ela disse que não, e que até ia gostar de ficar por ali mesmo; e ficou, na cama de solteiro; eu e o Rafa fomos pra outra cama e mandamos ver. No fim do vuco-vuco todo, batem na porta de novo. E mais uma vez, adivinha só quem era. Pois é, o Guto tava todo nervoso lá fora questionando porque eu e o Rafa tínhamos sumido da farra. Como eu não queria de jeito nenhum que ele desconfiasse que eu tava fazendo outra farra com o amigo dele no quarto, a Bel, o Rafa e eu tivemos uma ideia brilhante.

Foi a maior cena de filme que eu presenciei na minha vida. O coitado do Rafa, fazendo o papel de amante, pulou a janela de cueca (o quarto era no térreo, mas nos fundos tinha um pequeno barranco – era o equivalente a pular do segundo andar) e ficou esperando lá no meio do mato. Eu, abri a porta com a cara da inocência, perguntando por que ele tava tão desesperado; e o Guto, com cara de corno, diga-se de passagem, perguntando se o Rafa tava lá.

A Bel entrou no meio e disse que só tinha nós duas lá dentro – que estávamos conversando e nada mais, e propôs procurar o Rafa, pra não restar dúvidas que a gente não tava mentindo. Bom, segundo nosso plano, o Rafa deveria se fingir de muito bêbado quando a gente “encontrasse” ele. Foi o que aconteceu, o Guto encontrou ele “muito louco, quase desmaiado” segurando uma cachaça, no meio do matagal nos fundos da pousada e ainda, coitado, ajudou a cuidar da falsa bebedeira do amigo. Colocou ele debaixo do chuveiro frio e tudo mais. -kkkkkkkk

No fim das contas, o Guto jamais desconfiou dessa história. O Rafa poderia ter ganhado o prêmio de amante do ano. E eu, bom, eu fiquei com a consciência pesada por um tempo, mas passou, até porque valeu a pena a adrenalina, o prazer, e as piadas que essa história rendeu.

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