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5 descobertas científicas fodas que passaram despercebidas em 2020
jun
09
2021
Curiosidades / Por: Gislaine Lima ás 23:57

Você também curte descobertas científicas?

O ano de 2020 foi bastante turbulento para o mundo. Milhares de vidas foram perdidas para o coronavírus, incêndios florestais instauraram o caos em várias regiões, milhões de animais foram mortos, furacões devastaram cidades costeiras, os norte-americanos foram às ruas para protestar contra a brutalidade policial que matou George Floyd (enquanto no Brasil, seguimos de olhos fechado para esses acontecimentos), Trump perdeu às eleições nos EUA, o governo brasileiro negou a ciência frente a pandemia e apostou em imunidade de rebanho, entre tantas outras fatalidades que pudemos ver.

Foram tantas notícias e acontecimentos sem precedentes que muitas descobertas científicas passaram despercebidas. Portanto, vou abordar muitas dessas descobertas, que acho incríveis e interessantes, ao longo dos próximos dias. Espero que goste!

Para começar esta série, confira 5 dessas descobertas científicas. A ciência é muito bacana, vale a leitura!


5 descobertas científicas de 2020:


1. Foi encontrado o mais antigo crânio de Homo erectus na África do Sul

descobertas científicas

Um fóssil de crânio encontrado no topo de uma colina na África do Sul indica que três dos mais antigos parentes da humanidade viviam no mesmo lugar, ao mesmo tempo, há dois milhões de anos.

As partes do crânio inicialmente pareciam se tratar de um antigo babuíno. Mas a Universidade La Trobe, na Austrália, juntou as peças e perceberam que estavam diante da primeira caixa craniana de Homo erectus já encontrado na África do Sul.


descobertas científicas

Homo erectus

O período sugerido pelas camadas de solo onde os fragmentos do crânio foram encontrados, mostra que o achado é bem antigo, aproximadamente 2 milhões de anos.

“Antes de encontrarmos este crânio, sabíamos que o Homo erectus mais antigo do mundo era de Dmanisi, na Geórgia, datado de 1,8 milhão de anos atrás”, conta a pesquisadora.


Homo erectus achado

Homo erectus é um dos ancestrais diretos dos humanos e a descoberta confirmou sua migração da África para o resto do mundo. Como andavam na vertical, essa espécie é mais “humana” do que os outros hominídeos já encontrados.

Para a ciência, o achado foi muito importante para nos ajudar a continuar decifrando nossa complexa árvore genealógica, descobrindo quando e onde surgiu o primeiro de nossos parentes primitivos.


2. Detalhes impressionantes da última refeição do dinossauro mais bem preservado, encontrado em 2011, no Canadá

Em 2011 um dinossauro de 110 milhões de anos, foi encontrado acidentalmente por um operador de máquinas que trabalhava em uma mina de areias no Canadá.

A descoberta surpreendeu os cientistas, pois o animal estava muito bem preservado. A metade frontal, do focinho aos quadris, estava intacta. E a hipótese que explica isso, é que o animal morreu em uma inundação e foi levado para o mar aberto. Sendo assim, o túmulo submarino do dinossauro o preservou com detalhes requintados. 


descobertas científicas
O dinossauro encontrado é um nodossauro, um tipo de anquilossauro, mas sem o rabo torto característico de alguns de seus primos.

Em 2020, após 9 anos estudando seu exterior, os cientistas começaram estudar o organismo interno do animal e foram surpreendidos: a última refeição do nodossauro também estava preservada e detalhes importantes foram descobertos.

O conteúdo do intestino revelou detalhes da vida diária da criatura pré-histórica e até mesmo a estação do ano em que ela morreu. No estômago foi encontrado conteúdo alimentar que revela também que horas antes de sua morte, o animal havia se alimentado principalmente de um tipo específico de samambaia.

Galhos lenhosos ingeridos junto com as samambaias revelaram que o nodossauro morreu durante o verão. Embora seja apenas uma refeição, a constatação fornece uma visão excepcional das últimas horas de vida de uma criatura há mais de 100 milhões de anos.


Conteúdo do intestino incluía também pedras que o dinossauro ingeriu para ajudar a quebrar sua comida.

Encontrar conteúdos intestinais fossilizados é bastante raro. Em fósseis herbívoros é ainda mais raro. As condições químicas que preservam o osso, favorecem a decomposição da matéria vegetal, o que deixou ainda mais intrigados os pesquisadores.

O sepultamento do dinossauro no mar, no que hoje é o norte de Alberta, preservou seu corpo em detalhes impecáveis. Não apenas sua armadura óssea permanece intacta, mas muitas das bainhas de queratina que a cobriam também. Essas pistas estão ajudando os cientistas a entender como as placas do dinossauro apareceram e funcionaram, além de fornecer possíveis evidências da cor de sua pele.


3. Objetos encontrados em caverna podem alterar a data de início da presença humana nas Américas

A caverna fica no centro-norte do México, no estado de Zacatecas, a 2700 metros acima do nível do mar.

Artefatos foram encontrados nas produndezas da caverna Chiquihuite, no México, que envidenciam que os humanos estavam presentes nas Américas há 33 mil anos, ainda antes do início da última Idade do Gelo.

Isso significa que a ocupação das Américas pelo Homo sapiens pode ter mais do que o dobro de tempo do sustentado pelas teorias tradicionais, que defendem, que a primeira presença humana nas Américas ocorreu por volta de 13,5 mil anos atrás, conforme os mantos de gelo recuavam e as rotas de migração da Ásia se abriam.

Com os achados, a história muda bastante. Os objetos indicam que os humanos já existiam na América ainda antes do derretimento das geleiras.

Foram mais de 1.900 artefatos de pedra encontrados, entre eles pontas, lâminas, lanças e lascas, aparentemente trabalhados por mãos humanas.

Segundo os arqueólogos, as peças e também vestígios de plantas, animais e fogueiras recuperados mostram que o lugar foi ocupado por populações diferentes e de forma intermitente entre 33 mil e 13 mil anos atrás.

“A caverna deve ter sido usada como um abrigo de inverno por diferentes populações, não como moradia fixa”, diz o arqueólogo Ciprian Ardelean, da Universidade Autônoma de Zacatecas e da Universidade de Exeter, no Reino Unido, principal autor do artigo. “Ali dentro a temperatura é constante, por volta de 12 graus Celsius (ºC), independentemente das condições externas.”

Não foram localizadas ossadas nem DNA humano em Chiquihuite.


4. Foi identificado o material mais antigo encontrado em nosso planeta que antecede a existência do sistema solar

Cientistas identificaram o material mais antigo da Terra: a poeira estelar que possui, aproximadamente, 7 bilhões de anos e chegou na Terra junto com um meteorito rochoso que atingiu nosso planeta no dia 28 de setembro de 1969, na Austrália.  descobertas científicas

Em uma nova análise dessas rochas, foi encontrado grãos de poeira estelar bem mais antiga que o nosso sol. Cientistas afirmam que a poeira é aproximadamente 2,4 bilhões de anos mais velha que o sol. O nosso sistema solar se formou há 4,6 bilhões de anos.

A poeira aglutinou-se com outras rochas dentro do meteorito que iluminou os céus da Austrália ao chegar à superfície do nosso planeta. Os cientistas estimam que essas partículas de poeira correspondem apenas 5% do material, mas isso não os desanimou e continuaram em busca de mais pistas históricas de nossa galáxia.


poeira estelar

5. Bactérias que comem metal

descobertas científicas
Bactérias recém-descobertas comem metal e transformam manganês em biomassa.

Foi descoberto um tipo de bactéria que come e obtém as calorias a partir de metal. Embora se suspeitasse da existência dela há mais de 100 anos, isso nunca havia sido provado. descobertas científicas

A descoberta aconteceu acidentalmente, quando o doutor Jared Leadbetter, professor de microbiologia ambiental da Caltech, deixou um frasco de vidro coberto com a substância e molhado com a água da torneira na pia.

O frasco ficou parado ali vários meses, enquanto o pesquisador trabalhava fora do campus. Ao voltar, Leadbetter encontrou-o revestido com um material escuro.

O professor levou o material para análise e foi constatado que o revestimento preto encontrado no frasco era manganês oxidado, que havia sido produzido por bactérias recém-descobertas, provavelmente encontradas na água da torneira.

Os cientistas observaram que estas são as primeiras bactérias a usar manganês como fonte de energia.

Uma outra pesquisa revelou também que essas bactérias podem usar manganês em um processo chamado quimiossíntese, que converte dióxido de carbono em biomassa.

De acordo com os pesquisadores, as descobertas os ajudarão a entender melhor as águas subterrâneas e os sistemas de água que podem ficar obstruídos pelos óxidos de manganês.

Viva a ciência!
Viva a ciência!


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