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O dia que eu viajei três mil quilômetros pra levar um fora – Aconteceu Comigo
abr
20
2017

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Olá leitores do Insoonia!!

Já me diverti muito lendo as histórias do “Aconteceu Comigo” e adoro todas elas. Não porque são aquelas histórias de auto estima e lições de vida maravilhosas, mas porque mostram que não é só eu que me f*do na vida.

Primeiro um pouco sobre minha pessoa: sou gay assumido, tenho 27 anos, na época estava solteiro a um ano depois de terminar um relacionamento de quatro anos, e moro em uma cidade do interior de Santa Catarina que fica perto da capital – Florianópolis. Neste relato vou me chamar de Gustavo, porque a vergonha alheia foi bem grande aqui! KKKKKKK

Eu e mais duas amigas resolvemos fazer uma viagem de férias. Pesquisamos, vimos preços, locais, datas e decidimos passar seis dias em Natal, capital do Rio Grande do Norte.

Chegou o dia da viagem. Nós três no aeroporto de Floripa esperando o avião e eu como sou muito debochado já falei para as meninas irem instalando o Tinder porque ninguém ia voltar para Santa Catarina no zero a zero. Elas entraram na brincadeira e instalaram também.

Chegamos em Natal, e já seguimos para o hotel para aproveitar um pouquinho do dia que restava (quase o dia inteiro viajando), e depois a noite no quarto (pegamos quarto todos juntos) começamos nos likes do Tinder. Elas não estavam com muita sorte, mas eu nunca vi tanto match por metro quadrado! Era cada gato (quem disse que no nordeste não tem homem bonito é porque nunca visitou Natal).

Mesmo estando de viagem não sou desses que saí com qualquer pessoa, até porque hoje em dia todo o cuidado é pouco. Eis que nos matches um me chama a atenção e começamos a conversar pelo Tinder e depois trocamos WhatsApp. Conversamos bastante até que ele sugeriu para nos conhecermos.

Em um primeiro momento relutei um pouco, afinal eu tava a quase três mil quilômetros de distância da minha casa e sair com um desconhecido seria um pouco apavorante. Conclusão: no outro dia a noite fiz minhas amigas irem junto comigo, pegamos um táxi e nos encontramos em um barzinho perto do nosso hotel.

A noite foi muito boa. Ele era mais bonito pessoalmente, muito atencioso, querido, carinhoso, tinha um papo agradável e se mostrou prestativo em dizer para nós o que fazer, onde comprar lembrancinha, onde comer,… dica para turistas né.

Terminando a noite ele ofereceu uma carona para eu e minhas amigas de volta ao hotel. Acabamos aceitando a gentileza e fomos. Quando chegamos ele pediu pra eu ficar um pouco mais enquanto minhas amigas fossem pro quarto. Acabou que ficamos nos amassos no carro e combinamos de nos vermos os outros dias em que eu estaria na cidade, e como ele trabalhava durante o dia, só a noite pra a gente sair mesmo.

Foi então que nos dias seguintes a gente acabava saindo para jantar, bater papo e aproveitar um ao outro enquanto eu estava na cidade. Tudo passou muito rápido e logo era dia de retornar para Santa Catarina, e no último encontro ele disse que tinha gostado de mim e que da parte dele estava rolando sentimento e que apesar da distância, queria manter contato comigo e me ver de novo. Nós estávamos na mesma vibe e disse que poderíamos manter contato e que nos veríamos novamente, eu indo para Natal ou ele vindo para Santa Catarina.

De volta pro meu estado e mesmo com três mil quilômetros de separação todos os dias nos falávamos. Compartilhávamos nossas saídas, fotos, risadas, problemas, saudades, e é claro, fazíamos planos para nos vermos. Como eu sempre pego férias do escritório no final do ano eu disse que tinha disponibilidade para viajar para Natal novamente e passar minhas férias lá. Ele ficou todo empolgado e aceitou na hora, dizendo que agora que ele morava sozinho eu poderia ficar na casa dele sem problemas. Acabei me empolgando também e comprei as passagens e lá fui eu viver minha aventura que havia começado meses antes.

Saí de manhã de Santa Catarina e cheguei quase a noite em Natal na maior empolgação, afinal a gente já tinha ficado e nos falávamos todos os dias depois que voltei pra minha cidade. Foi aí que tudo começou a desandar de um jeito homérico!!

Ele a princípio me recebeu muito bem, com aquele abraço apertado no aeroporto e tudo mais. Seguimos pro supermercado para fazer umas compras e depois pedimos dois lanches e comemos no apartamento dele mesmo. Foi durante esse período que eu comecei a notar um certo distanciamento dele, tanto que eu tive que me insinuar para conseguir dar uns amassos (nem sexo rolou). Fiquei P-U-T-O da cara mas não deixei transparecer. Dei boa noite e dormimos.

No outro dia acordamos tarde, almoçamos e fomos para a praia. Ele disse que ia levar uma amiga junto. Não me opus, até porque eu já tinha conhecido ela da outra vez que eu estive em Natal e achei que seria legal rever ela de novo. Até aí tudo bem. Mas durante o dia fui percebendo que ele não me procurava. Nem uma palavra de carinho, nem um gesto, nem um sorriso… NADA!

Se eu já estava puto da noite anterior, esse dia eu fiquei o satanás em pessoa e não segurei, fechei a minha cara de um jeito que ele na hora começou a percebeu e me perguntou se estava tudo bem. Eu não falei nada, e disse que estava cansado e queria ir pro apartamento descansar. Como ele não estava de férias e trocou o horário de trabalho dele para a noite, eu ficaria sozinho na casa dele nesse período. Eu fiquei lá no apartamento sozinho, vi filme, falei com as amigas pelo WhatsApp e minha raiva só crescendo por eu ter despendido meu tempo e ter ido pra lá ver uma pessoa que nem um beijo não me dava direito.

No outro dia eu acordei umas dez horas da manhã e ele não estava na cama (que é de casal por sinal). O cara foi dormir na sala mano! Na sala! E nisso não me aguentei, esperei ele acordar e perguntei porque ele não foi dormir na cama e porque dele estar todo estranho comigo. Relutando bastante ele me disse que não queria mais ficar comigo, mas não queria falar isso para não estragar minhas férias e a viagem e que nem por isso eu precisava ir embora, eu poderia ficar passear com ele e tudo mais.

Corujas… vocês entenderam tudo? O cara faz mil e um planos comigo, diz que gosta de mim, que queria ficar comigo, faz eu viajar três mil quilômetros e me dá um legítimo e autêntico pé na bunda!

Fiquei completamente sem reação, e me limitei em perguntar quando ele tinha percebido isso. Ele disse que quando me viu no aeroporto. Levantei do sofá, fechei a porta do quarto, liguei pra companhia aérea e troquei a passagem para o dia seguinte voltando pra Santa Catarina mais humilhado que corno quando descobre que é corno. E pra completar tive minha bagagem extraviada ainda.

E é isso aí caros leitores!
Quando tu pensa que tu foi trouxa, tem alguém que se supera!
Prazer eu!

anônimo

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ô coitado
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