INSÔÔNIA.com
abr
30
2013
Leitura da Noite / Por: Coruja ás 21:23

Há uns dias atrás eu estava voltando do trabalho e passei em frente a uma casa onde um grupo de crianças brincava de ciranda – pensei que as crianças nem brincavam mais disso. Não pude deixar de reparar em duas crianças que brincavam e riam juntas: uma menina de uns 4 ou 5 anos, loirinha tipo europeia, cabelo loiro liso e olhos azuis, brincava animada com um menino que parecia ter também uns 5 anos, negro desses bem negros mesmo, cabelo armado, lábio grande. Os dois riam juntos, desfizeram a roda e passaram a correr juntos, brincando.

Quando eu vi a notícia do tal professor que ofendeu uma atendente de bilheteria de cinema em Brasília por ser negra eu lembrei dessa cena e pensei: em que fase da vida aprendemos a ter preconceito? A partir de quando, e com quem aprendemos que a cor da pele é um critério a ser analisado na hora de formar opinião sobre o outro? Lembrei também de uma entrevista da Marina Silva, ex-senadora, filha de mãe negra e pai branco, que disse que cresceu vendo pai e mãe tão unidos e nunca havia ouvido falar em preconceito racial, o que só descobriu existir quando chegou em Rio Branco e no Rio de Janeiro. Na entrevista ela disse que na cidade falavam que os negros eram pessoas inferiores, e ela disse: “mas o que a cor tem a ver?”. Boa pergunta, Marina!

E quando falo em preconceito não falo apenas sobre o tom de pele. Quando se convencionou que existe uma região brasileira melhor que a outra? Ou que um povo melhor que outro? Quando foi que aprendemos a separar as pessoas de acordo com a religião que elas tem, ou até pelo fato de ter ou não ter religião? Quando nos foi ensinado que tatuados, rockeiros, gays, pessoas com piercings, gordos, magrelos, fumantes, deficientes físicos, deficientes mentais são pessoas “inferiores” na sociedade? Aliás, o que é necessariamente uma pessoa “perfeita”? Perfeita na opinião de quem?

Essa mania que o ser humano tem de classificar os outros nada mais é do que um preconceito burro, que nos leva a formar opinião sobre pessoas que nem conhecemos de acordo com aquilo que nós achamos ser o certo. É muito difícil entender que pessoas são diferentes umas das outras, e não é o exterior que vai nos uniformizar ou distinguir?

Esse mundo já anda tão escasso de pessoas legais que quando as encontro não perco tempo analisando cor de pele, sotaque nem nada disso! #ficaadica

preconceito
preconceito
abr
13
2013
Leitura da Noite / Por: Coruja ás 22:46

Censura sempre é um tema polêmico. Em certos casos ela é necessária, por mais que seja difícil admitir isso, mas quando falamos em internet a censura fica ainda mais complicada, pois a internet é, por definição, o espaço onde se tem a liberdade para se publicar o que quiser, desde que se assuma a responsabilidade do que se faz. Mas a prática é bem mais complicada. Complicada por um motivo: como definir o que é recomendável a qual faixa etária, ou a qual perfil de usuário?

Como essa definição é bem mais complicada do que pensamos as vezes vemos alguns absurdos em nome da “moral” ou ainda de certas “políticas de privacidade”. Um bom exemplo: a foto acima é do Obelisco do Ibirapuera, localizada em SP, e um dos maiores símbolos da cidade, além de ser um dos poucos ainda em pé que contam a história da cidade (isso até o prefeito resolver demolir e vender o terreno pra alguma empreiteira). Mas, por algum motivo que Mark Zuckerberg deve saber, ela foi censurada no Facebook.

Esse não é um caso exclusivo. O Facebook já censurou outras imagens como a nudez de Simone de Beavouir, Johnn Lennon nu abraçado a Yoko Ono e, entre outros, o cartaz do filme “Slovenian Girl”, divulgado inclusive em toda a Europa (imagem abaixo), mas que segundo o Face violava “o guia de anúncios” do site.

Complicado, né? Entendo que há certas coisas que realmente poderiam incomodar usuários, mas penso que isso está muito mais relacionado ao bom senso do usuário que publica do que a alguma política de privacidade. Para uma empresa que se diz ser uma “rede social” censurar fotos comuns a partir de critérios confusos não é um bom sinal. Não para uma empresa com as ambições que o Facebook tem.

Weslley Talaveira
Weslley Talaveira
abr
08
2013
Leitura da Noite / Por: Coruja ás 21:52

 

Desculpem o atraso pra falar sobre o fim do Saturday Night Live Brasil, já que o programa, que encerrou no fim do ano passado na Rede TV, teve sua segunda temporada cancelada. Anunciado na época da mudança do Pânico para a Band, a Rede TV dizia apostar todas as fichas e dinheiro (dinheiro esse que nem se sabe se existe, mesmo) para dar ao programa americano uma cara brasileira e fazer dele um sucesso, tal qual no seu país de origem. Mas o que se viu foi totalmente o oposto.
Como o programa seria o substituto e novo concorrente do tal programa de Emilio Surita, a Rede TV optou  por exibir o SNL aos domingos à noite. Mas o dia escolhido esbarrou logo no nome do programa: ‘saturday’ exibido aos domingos? Outro problema foi a decisão de fazer vários esquetes gravados, o que esbarrou novamente no nome do programa: ‘live’, mas gravado? Só faltaram exibir o programa à tarde.

Pra completar o programa estava a anos-luz do original americano. O humorista e inicialmente diretor do programa Rafinha Bastos afugentou convidados, que temiam serem expostos a piadas fortes num programa ao vivo. Além disso, as maioria das esquetes do programa era lamentável. Se por um lado o elenco até era bom, apesar de pequeno para um programa do porte do SNL, por outro o redator parecia usar a cartilha de Ari Toledo para escrever o roteiro do programa. O resultado era bons atores (Renata Gaspar é a melhor!!!) que se esforçavam ao máximo para dar graça a esquetes totalmente bobas. E completando o cenário temos a total falta de profissionalismo da Rede TV, que já parece ser padrão na emissora, o que faz com que tudo que essa emissora produza exiba um amadorismo assustador. Pior que o SBT!Claro, nem tudo no SNL Brasil era ruim! Em meio a esquetes fracas era possível encontrar alguma coisa boa, como o Homem Bomba, a Suzana Bipolar e a maravilhosa interpretação da Renata Gaspar para a Carminha de Avenida Brasil.

Desde o começo o programa dava sinais de que não iria muito longe. Principalmente depois da saída de Rafinha Bastos, o que deixou claro que o programa havia perdido completamente o pouco rumo que tinha no início. A Rede TV já havia cortado os poucos esquetes ao vivo, a banda característica do programa e os convidados, que já eram ruins – por favor, Sônia Abrão no SNL?

É uma pena ver um produto valioso, com um peso televisivo tão grande como o SNL, que já lançou grandes humoristas nos EUA, ser tão mau usado por uma emissora que parece contar os dias para fechar as portas, administrada por uma dupla que nunca deveria ter se aventurado a administrar uma TV. A Rede TV teve ouro nas mãos, mas não soube garimpar. O SNL era um programa bom, com um elenco razoável, mas com a direção errada, na emissora errada.
Tomara que alguma outra emissora tente exibir novamente o SNL, agora com a competência que o programa exige.
Uma das coisas boas feitas pelo SNL Brasil foi o clipe “Vai Rolar no Ministério“. Simplesmente sensacional!  
"Saturday" no domingo. Alguém dá umas aulinhas de inglês pra o pessoal da Rede TV por favor?
"Saturday" no domingo. Alguém dá umas aulinhas de inglês pra o pessoal da Rede TV por favor?
fev
24
2013
Leitura da Noite / Por: Coruja ás 19:16

Fiz essa pergunta no Facebook e várias pessoas responderam. Entre elas:

Gisele Almeida (Curitiba-PR): 

Música: Ovelha Negra – Rita Lee: “porque essa música mostra que as vezes precisamos conquistar a liberdade de forma radical, o que nos faz ser vistos como a ovelha negra

Liesel Hoffmann (Berlim – Alemanha): 

Livro: Warum Das Kind In Der Polenta Kocht, (“Porque as crianças são cozidas na polenta”, sem tradução no Brasil),  de Aglaja Veretanyi: “apesar do título meio cruel, o livro trata da liberdade, da inocência infantil e da forma como perdemos isso ao crescer, além de mostrar como a fantasia as vezes é a única forma de escaparmos da dificuldade que tenta nos fazer perder a alegria da vida“.

Mia Sodré (Viamão – RS): 

Livro: A Insistentável Leveza do Ser, de Milan Kundera: “porque eu sinto como se ele tivesse se espelhado em mim para descrever Tereza e a relação dela com Tomas”.

Diego Chalita (São Paulo-SP): 

Música: “Todo Carnaval tem seu fim”, do Los Hermanos: “porque ela mostra que todas as coisas boas da vida sempre acabam, e o que nos faz enfrentar isso é a forma como lidamos com esses finais“.

Sharlane da Costa (Verê – PR): 

Livro: O Segredo, de Rhonda Byrne: “para fazer as pessoas acreditarem mais em si mesmas

Guilherme Wilton (Tabapuã – SP): 

Música: Pensa em Mim – Leandro e Leonardo: “Por que já me identifiquei com essa música várias vezes”

Bruna Soave (São Paulo-SP):

Música: Bittersweet Symphony – The Verve: “porque na letra diz ‘estou aqui do meu jeito, estou aqui do meu modo, mas eu sou um milhão de pessoas diferentes, de um dia pro outro, eu não posso mudar o meu molde’, e isso se encaixa perfeitamente à mim, pois eu sou uma pessoa diferente a cada dia, mas não vou conseguir mudar o meu molde, quem eu sou de verdade”.

Lucas Fernandes (Indaiatuba-SP):

Livro: Confie em Mim, de Harlan Coben: “para cativar as pessoas e no final mostrar que nem tudo é como acreditamos que seja“.

Melissa Ikut Batistoni (Diamantino-MT): 

Música: Breakaway – Kelly Clarkson: “porque sinto que meu lugar nao é onde vivo, sonho alto e pra ser quem eu tenho de ser tenho de me livrar dos erros de do passado, me libertar“.

Michele Jiombra (Araucária-PR): 

Música: The Scientist – Coldplay: “porque eu também gostaria de voltar no tempo para ter de volta algumas pessoas que foram (ou ainda são) especiais em minha vida“.

É isso, povo. Té mais!

Wesley Talaveira 

Eu seria o livro "As Walquírias" de Paulo Coelho: não diz coisa com coisa!
Eu seria o livro "As Walquírias" de Paulo Coelho: não diz coisa com coisa!
fev
22
2013

Era de Leão 10.001 a.C a 8.000 a.C

Era da criação. O Corpo Celeste que regeu esta Era foi o SOL, regente do signo LEÃO.
A idade das rochas mais antigas, está situada em 3,7 bilhões de anos e é também , a idade da Lua e dos meteoritos. As rochas vulcânicas que se espalham pela superfície da Terra têm uma temperatura semelhante à temperatura que reinava no momento de seu advento.
Nossa observação começa no início do resfriamento da Terra e da consolidação da matéria. Período sob influência do signo de Leão, o Sol se encontrava a 0º da Constelação de LEÃO.
Matematicamente falando, esta Era se iniciou em 10.509 a.C , quando a criação da vida teve início, e se estendeu até a 8.000a .C
Na Astrologia, o signo de Leão tem como regente o Sol. Nesta estrela, temos como principal referência a criação. Fonte de luz, clareza e vida.

Na formação da Terra, como sendo habitável para a vida, nossos mais longínquos ancestrais, fracos e desprovidos diante das forças naturais que enfrentavam, rapidamente criaram condições para sobreviver. A criatividade aparece de forma evidente nas invenções rudimentares que o homem a milhares de anos atrás utilizava. Também desenhos, pinturas e utensílios encontrados nas cavernas são fontes de estudo dos arqueólogos contemporâneos.
Nos vestígios encontrados, a Ciência afirma que a evolução foi extremamente lenta do homo sapiens (racionais) ao homem atual , e teria levado milhões de anos. É esta a Teoria Evolucionista de Darwin que defende a “tese” de ser a espécie humana descendente dos macacos que evoluíram. Pela Teoria Criacionista, os 10.000 anos do esfriamento da Terra, geologicamente comprovados pela Ciência, coincidem com o início da criação do homem como espécie humana definida como raça.
A ERA DE LEÃO teve como matéria prima ‘A CRIAÇÃO’, tendo como seu elemento o FOGO, cuja energia dá vida e calor. A conquista buscada se manifestou através do elemento AR, em AQUÁRIO, signo de complementação de Leão, seu signo oposto.
A Astrologia funciona através da polaridade, que é a complementação buscada

(mais…)

As Eras da Terra
As Eras da Terra
fev
19
2013
Leitura da Noite / Por: Coruja ás 22:43

 

Opa, e aí corujas?

E não é que a religião dominou as conversas nos últimos dias? Primeiro foi a entrevista do Mala Faia na Marília Gabriela. Depois foi o Papa renunciando. Agora a Paula Fernandes dizendo ser espírita e um monte de gente protestando. Qual será a próxima?

Em uma entrevista no programa do João Dória (que muita gente nem lembra quem é muito menos sabe que ele tem um programa de entrevistas na Band) Paula Fernandes disser ser espírita e acreditar em mediundade, reencarnação, vida após a morte e etc e tal. Isso gerou uma série de protestos vindos das… Testemunhas de Jeová (!) na internet, que se disseram decepcionados com a cantora. Pra quem não sabe, a doutrina das Testemunhas de Jeová condena veementemente o espiritismo & derivados. Os protestos das Testemunhas de Jeová geraram um “contra-protesto”, de gente que talvez nem goste tanto assim da Paula Fernandes, mas aproveitou a situação para criar polêmica na internet.

Vamos lá: a Paula Fernandes tem o direito de seguir a religião que quiser, certo? Se ela quiser ser espírita, católica, evangélica, umbandista, budista, xintoísta, maoísta, beber o chá do Santo Daime, ateia, tanto faz. E como espírita ela tem também todo o direito de usar o conteúdo espirita para compor suas canções se quiser, certo? Assim como vemos a influência cristã por quase todos os lados no Brasil. Há algo que proíbe alguém de se deixar influenciar pela própria religião para criar algo? Não, até onde eu saiba. Se eu me incomodo com conteúdo espírita em músicas simplesmente deixo de ouvir.

E as Testemunhas de Jeová também tem o direito de criticar o espiritismo e até de se negar a ouvir as músicas da Paula Fernandes, se eles quiserem. Assim como eles tem o direito de condenarem o que acharem que devem condenar de acordo com a fé que eles escolheram seguir. A religião deles condena o espiritismo, e quem sou eu para dizer se eles estão errados ou certos? Não sou, nunca fui testemunha de Jeová  nem nunca sequer entrei em um dos “Salões do Reino”. Que direito eu tenho de criticar a religião dos outros? Em mim o espiritismo não incomoda nada, mas em uma testemunha de Jeová sim.

A Paula Fernandes tem o direito de seguir a religião que quiser e as Testemunha de Jeová tem o direito de criticar a religião que quiserem, desde que o direito de um não interfira no direito do outro. Isso se chama democracia e liberdade de expressão. Pipocaram na internet pessoas que só sabem que as testemunhas de Jeová existem porque elas batem na porta da casa do povo todo domingo (no meu bairro é todo sábado e todo domingo), e agora se puseram a criticar uma religião que muita gente nem lembrava que existe. Será tão difícil respeitar a crença dos outros? Pelo amor de Deus. Ou de Jeová, sei lá! rs

Mais amor, por favor! rs

@WesleyTalaveira

A propósito: vocês tem um minutinho pra falar sobre o Reino?
A propósito: vocês tem um minutinho pra falar sobre o Reino?