INSÔÔNIA.com
jun
15
2015

“Se eu disser para vocês que o inferno existe, acreditem, pois eu estava mergulhada nele, de corpo e alma, num espaço sombrio e frio, bem interno do ser, dos pés à cabeça, sem tempo, sem luz, nem descanso e afogava-me, a cada segundo, num oceano de matéria viscosa que roubava até minha ilusória alegria… Naquele lugar não havia luz, somente nuvens cinza e chuvas com raios e trovões, gritos estridentes e desesperados, gemidos surdos, pedidos de socorro, lágrimas, desalento, tristeza e revolta… Preciso descrever mais as cenas dantescas de animais que nos mastigavam e, em seguida, nos devoravam sem consumir nossos corpos; se é que posso dizer que aquilo, que sobrou de mim, era um corpo humano. queria fugir para bem longe dali, mas tudo em vão, quanto mais me debatia no fluido grudento, mais me afundava e, quando alcançava, de novo, a superfície apavorante, mãos e garras afiadas faziam-me submergir naquele líquido pastoso e mal cheiroso. Dragões lançavam chamas de suas bocas sujas e nos queimavam, machucando e estilhaçando a pouca consciência que me restava da lembrança de minha estada no corpo físico, neste planeta azul. Guardiões das trevas olhavam atentos seus presos e vigiavam todos os movimentos realizados naquele imenso espaço de sofrimentos, dores, lamentos, depressões, angústias e arrependimentos tardios… O ar era ácido e provocava convulsões diversas.

Perguntava-me porque ali estava se nada fizera por merecer tão infeliz destino, mas lembrei-me que fui expulsa do corpo de carne através do uso maciço de drogas. A lembrança assaltava-me os raros momentos de raciocínio menos desequilibrado e as crises de abstinência trancavam todas as portas que dariam acesso à saída daquele campo de penitência de espíritos rebeldes e viciados como eu. Os filmes de horror que assisti, quando encarnada, estariam ainda muito distantes dos padecimentos, pânicos, pavores e temores que ficariam para sempre registrados na minha memória mental, os piores dias que vivi até hoje, como joguete e marionete de forças que me escravizavam o ser, debilitado, fraco, desprovido de energias, suja, carente e chorosa. Não me lembrava do que acontecera comigo…

Quando o medo é maior que as necessidades básicas, a mente fica encarcerada num labirinto hipnótico e “torporizante” de emoções truncadas e desconectadas da realidade… Assemelha-se a um pesadelo sem fim, sempre com final trágico e apavorante. Quando conseguia conciliar um pequeno tempo de sono; era imediatamente desperta por seres que me insultavam e xingavam, acusavam-me de suicida maldita e jogavam-me lama misturada com pedras… Insetos e anfíbios ajudavam a traçar o perfil horrendo dos anos que passei no umbral. Preciso escrever estas palavras para nunca mais me esquecer: “Com o fenômeno da morte, nós não vamos para o umbral, nós já estamos no umbral quando tentamos forjar as leis maiores da criação com nossas más intenções e tendências viciantes”. Tudo fica registrado num diário mental que traça nosso destino futuro, no bem ou no mal. O umbral não fora criado por Deus; ele é de autoria dos espíritos que necessitam de um autêntico e genuíno estágio educativo em zonas inferiores, onde poderão se depurar de suas construções aleijadas no campo dos sentimentos e dos pensamentos disformes, mal estruturados e mal conduzidos por nossa irresponsabilidade, de mãos dadas com a imensa ignorância que nos faz seres infelizes e distantes da tão sonhada paz de consciência.

Após alguns anos umbralinos, despertei numa tarde serena, num campo verdejante e calmo. Não acreditava no que via, pois tudo, agora, parecia um sonho… Percebi, ao longe, o canto de uma ave que insistia em acordar-me daquele pesadelo no qual já me acostumava a viver; a morrer todos os dias… Seu canto era uma música que apaziguava meu coração e aguçava meus pensamentos na lembrança de como fui parar ali naquele campo gramado e repleto de árvores. Consegui sentar-me na relva e ao olhar todo aquele espaço natural, deparei-me com milhares de outros seres como eu, nas mesmas condições de debilidade moral, usufruindo, agora, de um bem que não merecia, mas vivia! Todos nós dormíamos e fomos despertos com música e preces em favor de todos os presentes… A maioria era de jovens e adultos, poucos idosos e centenas de enfermeiros que olhavam atentos para nossos movimentos no gramado. Com seus olhos serenos, projetavam em nós a mansidão e a paz tão esperadas por nossos corações enfermos, débeis e carentes de atenção, de afeto e carinho.

Alguém me tocava, de leve, os ombros e chamava-me pelo nome, como se me conhecesse há muito tempo. Eu identifiquei aquela voz e “temia” olhar para trás e confirmar minha impressão auditiva, era Cazuza todo de branco, como lindo enfermeiro, de cabelos cortados bem curtos e estendia suas mãos para que eu levantasse, caminhasse e conversasse um pouco em sua companhia. Não consegui me levantar, porque uma enxurrada de lágrimas vertia dos meus olhos, como nascente de rio descendo a montanha das dores que trazia no peito. Meu ídolo ali estava resgatando e cuidando de sua fã, debilitada e muito carente. Ele cantou pequena canção e tive a capacidade de avaliar o que Deus havia reservado para aqueles que feriam suas leis e buscavam consolo entre erros escabrosos e desconcertantes. A misericórdia divina sempre conspira a nosso favor, nós desdenhamos do amor divino com nossas desatenções e desequilíbrios das emoções comprometedoras, que arranham e esmagam as mais puras sementes depositadas no ser imortal. Aprendi palavras boas! Somente agora enxergo que sou espírito e que a vida continua e precisa seguir o curso natural das existências, como na roda-gigante: hora estamos aqui no alto; hora estamos aí embaixo encarnados. Daqui de cima, parece ser mais fácil compreender porque temos de respeitar as leis e descer num corpo físico para, igualmente, quando aí estivermos, conquistarmos, pelo trabalho no bem, a lucidez que explica porque há a reencarnação, filha da justiça divina.

Após um tempo no campo reconfortante, fui reconduzida para um hospital onde me recupero até hoje dos traumas e cicatrizes que criei no corpo do perispírito. As lesões que provoquei foram muito graves, passei por várias cirurgias espirituais e soube que minha próxima encarnação será dolorosa e expiarei asma, deficiência mental e tuberculose. Mesmo assim, estou reunindo forças para estudar, pois sempre guardamos, no inconsciente, todos os aprendizados conquistados. Reencarnarei numa comunidade carente no interior do Brasil e passarei por muitos reveses, para despertar em mim o valor da vida do espírito na pobreza e na doença crônica. Peço orações e a caridade dos corações que já sabem o que fazem e para onde desejam chegar. Invistam suas forças e energias espirituais em trabalhos de auxílio ao próximo e serão, naturalmente, felizes. Obrigada por me aceitarem como necessitada que sou!”

– Cássia Eller

CASSIA ELLER

Lar de Frei Luiz, 2ª feira 11/05/2015 –  Grupo de Dependência Química
Mensagem por psicografia do espírito Cássia Eller pelo médium: José Helenio
Fonte: http://verdademundial.com.br/2015/06/mensagem-psicografada-de-cassia-eller/

cassia eller, psicografia
cassia eller, psicografia
fev
18
2015

Fala pessoas, blz?

Eu to bem ausente aqui no blog né? Atrasei o resenhando em quase 1 mês e meus posts foram poucos, é que alguns fatores e acontecimentos coincidiram nesse ultimo mês tipo uma queda de moto, um novo emprego, retorno da faculdade, estava dependendo de buzão  e me atrasaram constantemente e diariamente pra tudo, mas agora já estou motorizado e bem programado pra sobrar sempre tempo aqui pro blog 😀 A Gi tinha tentado me mandar embora, mas eu manjo dos Direitos e entrei com uma ação trabalhista contra ela.

Bom, dessa vez não falarei de séries “visuais”, vou falar de musica, isso mesmo, existe resenha de musicas ou cantores? Bom, não sei, mas eu vou fazer e escolhi a cantora Pitty pra essa semana.

pitty-capa

Nos comentários dos “Resenhando’s” anteriores teve uma galera reclamando que eu só falo de “fracos e oprimidos”, até fiz um do #AHS pra fugir um pouco desse contexto, mas fazer o que se eu tenho certos ideais de esquerda e quase tudo que gosto defende alguns desses ideais? Quem me segue nas redes sociais conhece um pouco do meu jeito de pensar e eu não sei fingir que penso diferente. E é por isso que escolhi a Pitty, porque ela é a encarnação viva da mulher independente e também por que ela canta, toca e compõe pra baralho!

Poxa velho, pensa numa baiana arretada! Se você não e muito fã de pop/rock e afins, é claro que você não vai se identificar de cara com a cantora, mas se você ceder um pouco e estuda-la, tenho certeza que também vai gostar. O que mais gosto nela é a poesia de algumas das musicas que ela compôs, transmitem vários sentimentos e te faz se identificar com alguns momentos de sua vida, de início você pode não entender, mas prestando bem atenção em alguns trechos você vai perceber, que a Pitty é muito mais que uma bela moça com uma bela voz.

pitty-tkm (mais…)

"Por isso que você não tem namorada amigo" Pitty
"Por isso que você não tem namorada amigo" Pitty
jan
22
2015

Fala pessoas, blz?

É o quadro atrasou um dia, problemas problemáticos de uma vida de problemas… Mas assim como a justiça, eu tardo, mas não falho! Como o povo estava reclamando que eu só falei de séries que defendia os fracos e oprimidos, escolhemos um tema bem diferente, segurem ai:

É velho, falarei de American Horror History – Coven, Spoilers apenas depois da opção “Veja post completo”

É a terceira temporada da série, mas as temporadas não tem ligações e cada uma vem com um enredo diferente, então caso você nunca tenha visto e deseje acompanhar a série pode começar por qualquer temporada, eu por exemplo estou acompanhando a quarta e nunca vi a segunda.

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O enredo da terceira temporada é um Coven (Clã de Bruxas) que após os eventos de Salém (300 anos antes da história da serie), fugiram para Nova Orleans (Capital do Voodoo nos EUA)  onde estalaram-se e fundaram uma escola para jovens garotas “excepcionais”, o Coven sempre foi liderado por uma bruxa extremamente poderosa a Suprema, assim que uma nova suprema começa a emergir com seus poderes a atual começa a definhar…

Somando essa deixa de antiga e nova suprema com  o elenco fantástico ( Alguns atores participam de outras temporadas interpretando personagens variados ), uma guerra “fria” entre o Coven e um grupo de praticantes de Voodoo que tem como líder uma personagem lendária por suas práticas, uma ordem de caçadores de bruxas, algumas lendas secundarias, uma louca imortal e racista que ficou anos enterrada e  bruxas adolescentes que exalam irresponsabilidade, inveja, desejo e nenhum controle de pudor, o resultado não poderia ser outro a não ser uma série bizarra e surpreendente, se você não conhece, não sabe o que esta perdendo.

american-horror-story-burn-witch-burn-myrtle (mais…)

Hogwarts parece coisa de maricas perto dessa escola
Hogwarts parece coisa de maricas perto dessa escola
jan
14
2015

Fala Pessoas, blz? Eu falaria que o estagiário da zueira está na área, mas andei batendo um papo com a patroa e fui “promovido” a colaborador. Estava sofrendo Bullying 🙁

Antes de tudo gostaria de explicar umas coisas, devido aos comentários do ultimo resenhando, eu me esqueci de deixar claro que citaria spoilers, então me desculpem e já fiquem atentos nos próximos (eu sempre citarei). Ah, outra coisa, galera, eu sei o significado do termo resenha, no original o quadro se chamaria “Opinando”, mas “Resenhando” ficou mais poético. rs E o quadro, para quem tá chegando agora, funciona assim: Com ajuda da Gi e de vocês escolho o tema e escrevo o meu ponto de vista a respeito, infelizmente não sou um escritor expert pra fazer um texto imparcial, portanto dou destaque às partes que mais me chama a atenção no tema e de acordo com minha opinião e ponto de vista, infelizmente não conseguirei agradar a todos, combinados?

Bom, Harry Potter é uma puta série! O trabalho de J.K. Rowling é fantástico, sou muito mais fã da série pela autora que pela história em geral, não que eu ache a história ruim, é muito boa por sinal, mas vamos combinar que a autora manda bem pra baralho!

rowling-retocada

Por que eu penso assim? A autora trabalhou na série uma coisa que eu gosto muito, que é evoluir de acordo com o público, assim como Avatar, eu comecei a ler os livros com 11 ou 12 anos e a cada lançamento eu estava mais velho e a história vinha com pitadas de maturidade, pouco a pouco é claro. Quando eu fui reler o volume 1, achei a história leve e morna, perfeita para um público infantil e pré-adolescente, já nos últimos livros da série são tratados alguns assuntos mais adultos.

Outra coisa é que a autora não criou apenas uma história, ela criou um mundo, com problemas sociais, preconceitos, doenças, leis e etc. Sei que vários autores conseguiram o mesmo feito, mas eu acho o universo de Harry Potter perfeito, até hoje não tenho certeza se realmente existe ou não bruxos por aí. rsrs

Deve-se considerar também o tempo entre as publicações, existe até rumores que ela seja apenas uma fachada para uma equipe de escritores que escrevem a série. Será?

Harry Potter - Série

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J.K. Rowling Badass
J.K. Rowling Badass
jan
07
2015

Fala Pessoas, blz? O estagiário da zueira esta na área e com um quadro novo! A Patroa querida do meu coração me deu a oportunidade de fazer aqui no Blog a coisa que mais gosto de fazer: Escrever. \o/

O quadro se chama “Resenhando”, nele eu vou dar minha opinião (Que fique bem claro que é apenas minha opinião) a respeito de séries, desenhos, filmes, fofocas e assuntos polêmicos menos mamilos. Os temas serão indicados por vocês e escolhido pela Patroa, se eu já conhece-los já posto, se eu não conhece-los farei por onde conhecer, eu postarei toda Quarta-Feira, fiquem atentos e é claro eu continuarei com os demais conteúdos. Então… Lá vamos nós:

Começar o quadro Resenhando falando de avatar é uma coisa que me deixa muito feliz, pois, em minha opinião é de longe uma das melhores séries de todos os tempos. Se você acompanhou a série vai gostar muito do texto, isto é claro, se você não for um homofóbico, mente fechada e machista.

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O fato de escolher a série em questão não foi simplesmente por ser uma das minhas favoritas e sim pelo final “polêmico” e a evolução fantástica que a mesma teve. Coloquei entre aspas porque eu pessoalmente não achei nada polêmico, foi um ato corajoso e inovador dos criadores e eu irei explicar desde o inicio.

A série em questão era transmitida por um famoso canal de desenhos animados (Nickelodeon, tratarei por Nick) e teve seu inicio com um enredo muito infantil (Cômico) e com um protagonista masculino, teve grande sucesso e consequentemente o canal resolveu apostar num novo enredo dos mesmos criadores, e foi ai que começou os problemas. Os criadores muito bem evoluídos e livres de preconceitos medievais queriam apostar numa heroína, isso mesmo, uma garota (a reencarnação do protagonista anterior) logo a Nick quis vetar o enredo, alegando que uma protagonista não agradaria o publico infantil masculino pois, garotos gostam de assistir desenhos de garotos.  Os criadores foram persistentes e lutaram até o fim para que a personagem fosse aceita e fosse produzida a série com uma heroína, e felizmente a Nick cedeu. A heroína era uma garota independente, forte e de personalidade marcante, a série perdeu quase que todo seu conteúdo cômico  e tomou um ar mais adulto, o que eu achei fantástico, pois eu era criança quando comecei  a acompanhar a série e adorei vê-la amadurecer comigo. Estes fatores fizeram com que a série fosse mudada do horário matinal para o horário noturno, pois a Nick alegava que ela não era mais uma série para crianças e que por isso sua audiência era baixa. Mas claramente ficava claro que o fato de uma garota, ser evidentemente superior a um garoto ( o protagonista anterior ) não agradava os executivos e até mesmo alguns fãs machistas. A série chegou a ser vetada das transmissões da Nick e passou a ser exibida apenas em seu website, e isso tudo por que uma heroína estava sendo forte, independente e com uma personalidade digamos “masculina”.

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Gay também e gente meu povo!
Gay também e gente meu povo!
out
07
2014

Urna eleitoral - Neide Carlos

1. O Brasil é o único país do mundo que tem votação eletrônica sem registro físico dos votos (por exemplo, em papel). Isto é, não tem backup: se tiver bug ou fraude, ninguém fica sabendo, porque não tem com o que comparar. [1]

2. Em 2012, o criptógrafo brasileiro Diego Aranha, professor da UNICAMP, quebrou o sigilo do voto em testes do próprio TSE e revelou falhas que permitem mudar o resultado das eleições.[2] Isso foi confirmado pelo Ministério Público Federal. [3]

3. Este ano (2014), era para ter novos testes públicos. O TSE, depois do vexame de 2012, suspendeu sua realização.[4] Não dá para saber se consertaram as falhas, nem se introduziram outras. (E há indícios recentes de que a coisa só piorou) [5]

4. A autoridade eleitoral, o TSE, tem os três poderes em um para tudo em matéria de eleições: executa as eleições, legisla sobre como devem ser e julga processos eleitorais. Se for questionado, quem julga é o STF, que tem muitos dos mesmos ministros. [6] Na prática, o órgão não presta contas a ninguém.

5. A fabricante das urnas brasileiras, a americana Diebold, foi multada ano passado (2013) em 25 milhões de dólares pelo governo americano por suborno de membros dos governos da China, Indonésia e Rússia. [7]

6. Mas nem tudo está perdido! Esse ano, o projeto Você Fiscal surgiu para cobrar mais transparência e promover uma fiscalização coletiva do processo eleitoral pela sociedade.

em suma: estamos F#Didos
em suma: estamos F#Didos