INSÔÔNIA.com
set
05
2022
Curiosidades / Por: Camila Naxara ás 20:49

Em 4 de setembro de 1990, há 32 anos, funcionários da Prefeitura de São Paulo encontraram uma vala clandestina no Cemitério de Perus, atualmente renomeado como: Colina do Mártires. A vala contava com 1.049 ossadas de presos políticos e cidadãos comuns assassinados pela ditadura militar.

vala clandestina

Já rolava a desconfiança de que o cemitério inaugurado por Paulo Maluf, em 1971, para o sepultamento de indigentes, havia servido como vala comunitária (e clandestina) para as vítimas da ditadura. Entretanto, só em 1990, após uma iniciativa da prefeita Luiza Erundina, que logo após assumir a prefeitura da cidade de São Paulo, determinou que pesquisadores examinassem o local.

Alguns meses depois, a vala, gigante, foi descoberta.

vala clandestina

Rolaram tretas, pois, a ação tomada pelos que não queriam que a vala fosse descoberta, foi desacreditar os peritos, afinal, ali era um cemitério de indigentes. Porém, evidências de que nem todos os enterrados eram indigentes, surgiram. Várias ossadas da arcada dentária continham, encrustadas, platina e ouro.

Foi criada, então, a Comissão Especial de Investigação das Ossadas de Perus.

vala clandestina

 

Ossadas

As ossadas foram transferidas para o Ministério Público Federal e posteriormente, encaminhadas para a Unifesp e Unicamp para derem analisadas por pesquisadores. Constatou-se que, das 435 ossadas analisadas pela Universidade Federal de São Paulo, 80% eram do sexo masculino, 15% do sexo feminino e 5% eram crianças. Ainda mais, grande parte das ossadas continham traumas decorrentes de tortura, violência e execução sumária.

vala clandestina

 

Descobriu-se, também, que uma parcela das vítimas enterradas na vala clandestina eram de presos políticos e pessoas desaparecidas, como: militantes, guerrilheiros e sindicalistas. Entretanto, a maioria das ossadas advinham de pessoas pobres, moradores de rua e minorias que não possuíam envolvimento político, mas, que foram executadas por esquadrões da morte ou agentes de repressão por serem vistas como indesejáveis.

 

Dentre os presos políticos identificados, através das ossadas, estão: Denis Casemiro (militante da VPR, desparecido em 1971), Frederico Eduardo Mayr (militante do MOLIPO, assassinado em 1972) e Flávio de Carvalho Molina (membro da ALN, sepultado em 1972).

vala clandestina

 

Vala clandestina

Posteriormente, após a remoção das ossadas, a gestão Erundina ergueu um monumento, junto a vala clandestina, projetado por Ruy Ohtake, com a inscrição: Aqui os ditadores tentaram esconder os desaparecidos políticos, as vítimas da fome, da violência do estado policial, dos esquadrões da morte e sobre tudo os direitos dos cidadãos pobres da cidade de São Paulo. Fica registrado que os crimes contra a liberdade serão sempre descobertos. 

vala clandestina

A pesquisa para identificação das ossadas permaneceu por 10 anos e acabou por incentivar novos grupos de pesquisa em vários cantos do Brasil. Porém, gerou incomodo em algumas instituições e setores conservadores da sociedade.

Vocês se lembram do projeto de lei “quem procura osso é cachorro?” lançada por um determinado Deputado, em 2011? Então, foi para pedir a suspensão de um desses grupos de pesquisa que encontrou ossadas de militantes, na região da Guerrilha do Araguaia.

vala clandestina

Agora, voltando a cidade de São Paulo, no ano 2000, ao fim do mandato do prefeito Celso Pitta, a identificação das ossadas e pesquisas no cemitério de Perus foram interrompidas e retomadas, novamente, só em 2014 no governo Haddad; em parceira com a Comissão Estadual da Verdade e a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e com apoio dos peritos da Unifesp.

 

vala clandestina

Além disso, novas pesquisas com radares apontam para a existência de mais uma vala clandestina no Cemitério de Perus, onde mais corpos estariam enterrados. No entanto, os titulares da prefeitura de São Paulo, após 2016, não quiseram retomar os trabalhos.

Além disso, no ano de 2019 o então presidente baixou um decreto extinguindo o Grupo de Trabalho Perus e o Grupo de Trabalho Araguaia, fato que culminou no encerramento oficial às buscas por novas ossadas e a identificação de restos mortais já encontrados.

 

justiça
justiça
ago
26
2022
Curiosidades / Por: Camila Naxara ás 17:04

Aparentemente, a concepção de uma cidade futurística está “próxima” de se tornar realidade. O “The Line” é um  projeto do escritório Morphosis Architects, liderada pelo arquiteto, norte-americano, Thom Mayner que promete nos apresentar uma nova ideia de metrópole. Uma cidade vertical.

Serão dois longos arranha-céus posicionados paralelamente que cruzarão áreas de difícil sobrevivência; deserto e montanhas.

 

A cidade vertical terá 170 quilômetros de comprimento e meio quilômetro de altura. Os edifícios paralelos serão conectados e terá um vão de 200 metros entre eles. Além disso, o The Line comportará cerca de 9 milhões de habitantes.

Lá, a emissão de carbono será  ZERO, afinal, não haverá um único carro. O transporte será feito através de uma espécie de “trem bala”, subterrâneo, com energia sustentável que, fará com que qualquer pessoa percorra de ponta a ponta da cidade em 20 minutos. E sim, o lugar funcionará inteiramente com energia renovável.

A altura monumental da cidade vertical favorecerá a circulação de ar, garantindo assim, um clima agradável mesmo em meio ao deserto. Fora as empregadas robóticas, uma lua artificial gigante e a fachada do prédio toda espelhada.

 

Inicialmente, o projeto ficaria pronto em meados de 2025, entretanto, devido a uma série de atrasos, o prazo foi estendido em mais 5 anos.

Se adicionar uns animais selvagens à ilustração, vira folheto de testemunha de Jeová.

O financiador do The Line

A cidade vertical faz parte do projeto Neom, e será construída no noroeste da Arábia Saudita, perto do Mar Vermelho, de acordo com Mohammed bin Salman, o príncipe herdeiro do reino.

O projeto faz parte de um plano chamado Vision 2030, para “bater de frente” com o vizinho, Emirados Árabes Unidos, que possuem as cidades Dubai e Abu Dhabi. A intenção do príncipe, com as super obras, é remodelar a economia atraindo viajantes.

O plano Vision 2030 conta com mais dois super projetos além do The Line; Oxagon, que será um espaço destinado a fábricas de alta tecnologia e Trojena, que será voltado ao turismo e contará com a maior pista de esqui ao ar livre no Golfo Pérsico. ~ Esse último eu nem consigo imaginar ~

Para financiar tudo isso, governo saudita terá que desembolsar cerca de US$ 500 bilhões.

 

 

 

 

Será?
Será?
ago
21
2022
Curiosidades / Por: Camila Naxara ás 22:05

Se você gosta do frio, vai adorar ir para Yakutia Campos do Jordão, no inverno; justamente por que Yakutia não é apenas fria, ela é literalmente congelante. A capital do estado de Yacutia, Yakutsk, localizada na Sibéria, possui cerca de 200 mil habitantes que convivem com temperaturas de -50ºC. Como resultado, a cidade de Yakutsk entrou para o Guinnes (livro dos recordes) como a cidade mais fria do mundo.

Yakutia

Mesmo seus habitantes sofrem com o clima extremo dos invernos. Em janeiro de 2018, seus termômetros registraram 64ºC NEGATIVOS. ~e eu aqui, reclamando de acordar nas manhãs frias de Minas Gerais (15ºC)~

Pior que isso, só Oymyakon, uma vila na região de Yakutia, que em 2013 registrou, absurdos, -71ºC!

Vilareijos da região de Yakutia

Lá, “onde Judas perdeu as botas” e por consequência os pés, os habitantes de Yakuts lidam muito bem com o frio. Por não terem tubulações de água, por motivos bem óbvios, eles estocam cubos de gelo (água potável) para o uso diário, inclusive escovar os dentes. ~ai meus dentes sensíveis~ As crianças acordam cedo para irem à escola, menos nos dias mais frios em que os termômetros marcam abaixo de 55 graus negativos.

Yakutia

 

Em temperaturas extremas, as caminhadas nas ruas geladas dos vilarejos em Yakuts são feitas estritamente para ir de um ponto (casa) a outro (escola/trabalho); não dá pra ficar dando rolê não, afinal, caminhar por mais de 10 minutos pode causar fadiga, dor aguda no rosto e dores duradouras nos dedos das mãos e dos pés; mesmo com várias camadas de roupa.

Yakutia

 

Nos vilarejos, quase todas as casas são de alvenaria e cada residente queima, em média, mais de 60 metros cúbicos de madeira para se aquecer. Ademais, eles possuem os cavalos mais peludinhos que eu já vi na vida; e esses animais suportam temperaturas de até -70ºC.

 

A maioria dos habitantes (do sexo masculino) trabalham como artesãos — criando facas, harpas, pratos… — caça ou criação de gado. Já as mulheres, cuidam da casa e preparam a comida que é praticamente à base de laticínios e peixes (cozido, assado, ensopado ou cru). Mas, a coisa mais inusitada desse lugar, sem dúvida, são os banheiros, que ficam do lado de fora da casa. ~c4g4r num frio de 10ºC já é péssimo, imagina -50ºC~

 

Entretanto, não é só de frio que vivem o habitantes de Yakutia; por breves momentos, no verão, a temperatura bate os 29ºC no mês de julho.. Amém.

Yakutia

 

E se você pretende viajar para Yakutia, não use óculos pois eles grudarão no seu rosto devido ao frio.

PQP q frio;
PQP q frio;