E aí, corujas?
Que o Brasil é um país super conservador isso não é novidade pra ninguém. Incrível, logo o Brasil, com o carnaval com mais nádegas expostas do mundo, mas vá lá. Só que às vezes esse conservadorismo toma proporções assustadoras!
Como o caso da tal propaganda da Giselle Bundchen de lingerie, que tanto falaram nesses dias. A Secretaria de Políticas para as Mulheres do governo federal pediu que o Conar, órgão que regula a criação publicitária no país tirasse do ar o comercial, por “usar a mulher como objeto sexual”. Isso porque 15 mulheres – 15, uma ‘multidão’ – reclamaram da tal propaganda.
Não tô aqui pra defender a Giselle nem a marca de lingerie do comercial, mas se for tirar de circulação tudo que usa a mulher como objeto sexual temos que eliminar o funk. Teríamos que proibir a Shakira de cantar aqui no Brasil. Teríamos que proibir as novelas, as propagandas de cerveja, as revistas de ensaios, a Playboy e muita coisa por aí. E curioso que no comercial o “objeto” nem é a mulher. O anúncio na verdade mostra o homem como objeto de manipulação das mulheres e não o contrário. O homem é um tolo que cai de quatro com o poder da sedução feminina. Em vez de virar o macho doido de raiva com o cartão de crédito estourado, o carro batido e a vinda da sogra, o marido invisível se submete, dócil, ao charme de sua mulher (e é bem assim que acontece). Aí não tem nada de sexista, né Governo?
Quando a gente pensa que hipocrisia tem limites…
Bai @WesleyTalaveira